Boa Midia

Kalil mirou Pablo e eleitoralmente acertou o próprio pé

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

eduardogomes.ega@gmail.com

 

Em 20 de setembro de 2024 Várzea Grande foi sacudida com uma operação da Polícia Civil sob a justificativa de desmantelamento de uma organização criminosa que estaria agindo no Departamento de Água e Esgoto (DAE), da prefeitura. Os policiais cumpriram mais de uma centena de mandados de busca, de apreensão e prisão. O autor da denúncia foi o então prefeito Kalil Baracat (MDB), que tentava a reeleição, mas foi derrotado em parte pelo tiro eleitoral no pé por conta da ação no DAE.

Ontem (20), a operação no DAE completou um ano. Nenhum político se manifestou. Se havia ou não culpados não se sabe, pois ninguém foi condenado nem está preso.

O principal alvo da operação foi o à época vereador Pablo Pereira (União), que tentava a reeleição e figurava entre os que provavelmente seriam os mais votados. Com a operação Pablo ficou na suplência e Kalil foi enxotado nas urnas pela população, que escolheu Flávia Moretti (PL). Pablo foi afastado judicialmente do cargo e preso.

O caso do DAE permanece uma cicatriz aberta nos meios políticos em Várzea Grande. Políticos afirmam que o ato intempestivo de Kalil visava atingir Pablo, que era cotado para ser candidato a deputado estadual em 2026 – a mesma pretensão de Kalil.

A operação no DAE começa a sair da memória coletiva. O processo de volatilização é implacável. Pena que transcorrido um ano do seu fogaréu, o DAE continue inoperante, a cidade continue sem água e uma estranha ‘indústria’ de fretamento de caminhões-pipa permaneça tão presente quanto as águas do rio Cuiabá, que a prefeitura não consegue captar, tratar e distribuir.

Foto: Arquivo Prefeitura de Várzea Grande

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