Grupo de WhatsApp Boamidia – Dalva Peres eleita em Cocalinho

Vários participantes do grupo de WhatsApp Boamidia, de Cuiabá, foram eleitos e reeleitos em 6 de outubro em vários municípios.  Desejando bom cumprimento de mandato a todos, o blog posta aleatoriamente uma matéria com cada um deles.

Em Cocalinho, a cidade mais goiana de Mato Grosso, a professora e pecuarista Dalva Maria de Lima Peres, a Dalva Peres (MDB) se elegeu vereadora com 334 votos – a maior votação ao cargo.

Dalva Peres é goiana de Jussara e tem berço político. Seu pai, Sebastião Mato Grosso foi o segundo prefeito de Cocalinho, e seu marido, Luiz Carlos de Lima Peres, o Catim, também foi prefeito daquele município. Dalva Peres foi vice-prefeita e prefeita de Cocalinho, e participa do nosso grupo de WhatsApp Boamidia.

Cocalinho, o município de Dalva Peres, tem 16.563 km² e 6.428 habitantes. A cidade fica na barranca do Araguaia, onde aquele rio abusa do direito de ser bonito. A base econômica é a pecuária, que tem um dos maiores rebanhos bovinos mato-grossenses, mas o turismo de aventura, contemplação e pesca também contribui com os cofres locais, muito embora ainda pouco explorado. Cocalinho pertencia à Barra do Garças e se emancipou em 13 de maio de 1986, por uma lei de autoria das bancadas do PDS, PFL e PMDB, sancionada pelo governador Jùlio Campos.

Município da comarca de Água Boa, Cocalinho tem laços umbilicais com aquela cidade, onde seus pacientes regulados pelo SUS recebem atendimento no Hospital Regional Paulo Alemão.

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TURISMO – Cocalinho insere-se no contexto do pólo turístico do Aruanã,
que engloba extenso curso do Araguaia nas duas margens em Goiás e Mato Grosso. Em julho, quando as águas baixam e revelam a exuberante beleza da areia branca e fina, as praias recebem um fluxo muito grande de turistas brasileiros e do exterior: é a Temporada de Praia.

Em Cocalinho, na Temporada de Praia, um enorme banco de areia no meio do Araguaia transforma-se numa mistura de ilha e praia frequentada pelos turistas, que ali chegam de barco, que a todo momento partem do porto da cidade, ou até mesmo nadando, pois as águas são mansas, cristalinas e convidativas. Ao longo do período, que se arrasta por um mês, são promovidos shows ao ar livre, concursos de dança e de música, carnaval fora de época e outras atrações, além, é claro, do famoso lual.

ACESSO – Durante décadas Cocalinho enfrentou problemas na sua ligação rodoviária com os demais municípios de Mato Grosso. No período do inverno amazônico, de novembro a abril, o rio Cristalino costumava transbordar cortando o tráfego pela MT-326 que demanda à Água Boa. Na mesma época, em considerável parte da MT-100, que dá acesso a Araguaiana, a água cobria a pista, sobretudo no trecho que cruza a fazenda da concessionária Jorlan. A alternativa para quem estava em Cuiabá e precisava ir a Cocalinho, era via Goiás – cruzando Aragarças, Montes Claros de Goiás, Santa Fé de Goiás e Britânia, prosseguindo até o distrito de Itacaiú (de Britânia), onde o governo goiano construiu uma ponte de concreto sobre o Araguaia, próxima a Cocalinho. Cruzei várias vezes o trecho via Itacaiú.

O acesso melhorou em 2017 quando o governo de Goiás  inaugurou uma outra ponte sobre o Araguaia (acima), próximo a Cocalinho, com 577 metros de extensão, vão central de 150 metros e elevação de 50 metros acima da linha d’água – o que possibilita a navegação. Essa obra custou R$ 32,2 milhões ao governo goiano e ao Consórcio Caminhos do Sol, que explora seu pedágio por 25 anos.

Recentemente o governo mato-grossense construiu uma ponte com 483 metros de extensão sobre o rio das Mortes – desativando as balsas que faziam a travessia – e essa é atualmente a maior ponte de Mato Grosso . O Estado investiu R$ 56,7 milhões na obra.  E uma enquete conduzida pelo deputado estadual Dr. Eugênio (PSB), deu à obra o nome de Ponte da Integração José Monteiro Guimarães (acima).

A inauguração da Ponte da Integração José Monteiro Guimarães representou o fim da obra de pavimentação de Água Boa a Cocalinho via Nova Nazaré, numa extensão de 160 km botando fim aos isolamentos cíclicos. A pavimentação do trajeto começou no governo de Silval Barbosa, atravessou o mandato de Pedro Taques e foi concluída por Mauro Mendes em seu segundo mandato em curso.

MEMÓRIA – Cocalinho surgiu por volta de 1926, com um povoamento na margem esquerda do Araguaia. Seus primeiros moradores foram pecuaristas e garimpeiros goianos, mineiros e maranhenses. A oficialização da área urbana foi feita por um decreto de 26 de abril de 1928, que reservou 1.800 hectares de área devoluta no município de Registro do Araguaia, no Vale do Araguaia, para a implantação do núcleo urbano de São José do Cocalinho, a vila que mais tarde trocaria de nome e se transformaria na cidade de Cocalinho. Em 18 de maio de 1934, outro decreto estadual elevou a vila a distrito Registro do Araguaya. Nos anos 1940, a Fundação Brasil Central, sediada em Aragarças (GO) com a finalidade de promover a interiorização do Brasil, expandiu sua atuação na área que mais tarde se transformaria no município de Cocalinho. Com isso, atraiu famílias para a região e assegurou o crescimento populacional.

O nome Cocalinho é uma variação da palavra coco no diminutivo. Os primeiros habitantes da região a chamavam de São José dos Cocais, daí surgiu Cocalinho.

Registro do Araguaia era o nome primitivo de Araguaiana, município que foi extinto em 1948 com sua sede transferida para Barra do Garças, pelo prefeito Antônio Paulo da Costa Bilego. Araguaiana passou a ser distrito de Barra do Garças e readquiriu a autonomia municipal junto com Cocalinho, em 13 de maio de 1986. também por uma lei sancionada pelo governador Júlio Campos.