Boa Midia

Governo não ajuda e lutadora faz vaquinha virtual para mundial

Aproximadamente R$ 9 mil separam a jovem Brenda Silva dos Santos, de 20 anos, de se tornar a primeira mato-grossense a disputar o Mundial Universitário de Kung fu Wushu, que será realizado a partir de 31 de julho, em Macau, na China. Sem nenhum apoio do Poder Público, a atleta que há seis anos está na seleção brasileira da modalidade tenta arrecadar o dinheiro necessário para a viagem por meio de patrocínios, uma vaquinha na internet e a venda de rifas.

Competindo desde os oito anos, Brenda acumula mais de 200 medalhas como as 10 de campeã brasileira da modalidade, duas do Sul-americano e a do Pan-americano, até o momento a maior conquista da atleta. “Eu nasci em uma academia, meus pais se conheceram lá, então nem me lembro quando foi que tive o primeiro contato com o kung fu”, destaca Brenda ao falar dos pais, ambos professores.

Atualmente estudando Educação Física na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e dando aulas para crianças na academia do pai, Brenda mantém praticamente inalterada a rotina de treinos que a colocaram como uma das principais atletas da modalidade no país. “Treino todos os dias, por pelo menos quatro horas”, revela.

Além disso, Brenda procura viajar para realizar treinamentos fora do país. Foi exatamente uma destas sessões, realizadas no país que sediará o Mundial, que assegurou sua convocação para a competição. “Como gastamos muito dinheiro para que ela fizesse o treino, não temos a menor condição de assumir mais esta despesa”, conta o pai da atleta, Robson Carlos Gomes dos Santos, mais conhecido como Bruk Lee.

Para tentar arrecadar o dinheiro, além do patrocínio pedido às empresas, Bruk e Brenda começaram a vender rifas de bolos doados por alunas da academia onde ambos dão aula. “A rifa deu muito certo, já consegui vender duas completas e estou vendendo a terceira”, salienta Bruk.

Uma tentativa de reforçar a arrecadação foi a criação de uma vaquinha online, que até o momento conseguiu arrecadar R$ 725, bem pouco para custear as passagens da atleta e a hospedagem por uma semana, período da competição. A ideia, segundo Brenda, nasceu depois que ela passou a receber contribuições de pessoas que nem conhecem. “Gente de fora começou a ajudar, a mandar mensagem, então optei pela vaquinha”.

Depois do Mundial, Brenda já faz planos para as próximas competições que serão realizadas ainda em 2018, como o Pan-americano, que ocorre na Argentina, e o Nacional, tudo sem nenhum tipo de apoio do Poder Público.

Os interessados em ajudar a atleta com a vaquinha podem contribuir por meio do site https://www.vakinha.com.br/vaquinha/mundial-universitario-de-kungfu-wushu.

 

Divulgação com foto

 

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