Explore sua dor e alcance suas metas em 2018
Finalizando mais um ano, e mais uma vez fazemos um balanço de como conduzimos esses 365 dias, e nestas reflexões alguns já começam a fazer planos para as conquistas em 2018.
Esta época do ano é um período maravilhoso de oportunidades para se renovar, para criar, além de celebrar!
Como você avalia este ano? O que você conquistou? O que você adiou?
Paralisou…
Quais metas você vai provavelmente, mais uma vez repetir no ano que se inicia?
Você já reparou quantas pessoas, além de você, desistem anualmente de suas metas?
Que iniciam sua trajetória de mudança, de conquistas e ficam no meio do caminho? Isso sendo bem otimista, porque a maioria mal inicia a jornada.
Este ano eu me propus a entender, a partir de mim, o porquê isso acontece tantas vezes e por que se repetia durante vários anos da minha vida.
Levei um choque pela sutileza e discrição de alguns comportamentos, crenças e justificativas que estão envolvidas nas metas não cumpridas e abandonadas.
Desistir inicialmente e fatalmente, faz com que tenhamos muita frustração. Este que deveria ser o principal momento no qual deveríamos nos demorar um pouco mais, que poderia nos fazer retomar o processo de mudança… o que fazemos?
Não lidamos com a frustração!
Fugimos o mais rápido possível dela, a substituímos por vários “analgésicos” da vida, são muitos, mas o pior deles é mentir para si mesmo.
Quantas vezes disse para mim mesmo: “Ah está bom! Estou feliz assim. Isso não importa tanto assim.”
E assim indiferente, vamos seguindo meio que anestesiados, justificando nossa falta de compromisso para conosco.
Como a fábula da raposa e as uvas, na qual a raposa desejava muito comer as frutas do parreiral, mas ao perceber que elas estavam fora de seu alcance, devido à sua altura, imediatamente, sem se demorar na sua frustração, abriu um sorriso amarelo e com a seguinte frase, justificou sua desistência: “Nem queria! Elas estavam verdes mesmo!” e assim seguiu seu caminho.
Para não sermos como a raposa, devemos antes de falar sobre como seguir firme em nosso propósito, ou antes de colocar definitivamente, mais uma vez ou pela primeira vez, aquela meta no papel, analise antes se:
Esta meta é realmente relevante para mim?
Com isso você saberá, no momento que começar a agir como a raposa da fábula, a lidar com a sua dor.
Como assim? Talvez você esteja me perguntando!
Isso mesmo o que você acabou de ler:
Explore a sua dor!
Quanto custa pra você continuar do jeito que está? O que você deixa de usufruir por ser do jeito que é, por não ser aquela pessoa que lhe inspirou, por não ter aquelas coisas que gostaria de ter.
Pense nisso profundamente, explore!
Não fuja! É neste momento que muitas metas são deixadas para trás.
Pense quais são os comportamentos que mais têm lhe atrapalhado a conquistar seus objetivos.
Seja duro com eles!
Defina quais serão os comportamentos substitutos, na prática! Não vale aquele:
Ser Mais focado! Isso é abstrato e não lhe compromete. Você precisa ser específico:
“Terei mais foco com o comportamento de acordar 3 vezes na semana às 5h para correr 5 km”
Perceba que na descrição acima há uma especificidade, não se trata de fazer exercícios 3 vezes na semana, se trata inclusive de descrever com detalhes o que será feito.
Nosso cérebro não pode ter dúvidas.
E uma forma de comprometer-se em atitudes, é inevitavelmente, consequência de quem se comprometeu mental e emocionalmente com algo.
Assim, explore sua dor para ter certeza! Explore o custo disso!
Quanto custa continuar a ficar do mesmo jeito, mais um ano, quais serão as consequências disso a longo prazo?
Se sua sensação de dor, insatisfação e sentimento de inadequação for bem grande e maior do que a do prazer de permanecer do jeito que está, aí sim você terá forças para seguir.
É preciso dar certeza e clareza a si mesmo, internamente.
De forma prática, o que quero salientar aqui, é que você encontre pelo menos 03 motivos (isso é excelente) realmente fortes para fazer você “virar a chave”, para lhe encorajar a dar o primeiro passo, e depois mais um, mais um…
Elenque os ganhos, os motivos! Sentiu força? Faça isso agora! Leia estes motivos!
São fortes?
Se não, explore mais o porquê e por quem você está se comprometendo. Se o primeiro motivo forte não for por você, há grandes chances de desistir.
Se sim, ordene seu cérebro e inicie o processo, imediatamente. Então já no processo, para lhe ajudar a se manter focado e disciplinado, existe uma postura crucial para realmente atingir o seu objetivo, ou seja, o comportamento deve ser diferente, não podemos de forma alguma usar a mesma estratégia, precisamos ser firmes. Pois esse mesmo movimento, que você fez para descobrir e levantar suas dores, poderá reaparecer, porém com um pouco de vitimismo.
Pois mudar gera dor, e humanamente nenhum de nós quer sofrer.
É neste momento que a vítima interna aparece e diz: “Estou cansado(a)!” “Vou dormir mais um pouquinho”, “deixa quieto” “nem queria mesmo, as uvas estavam verdes” tantas possibilidades de vozes, imagens de desistência ou sensações como preguiça, cansaço, tristeza, desanimo…
É aí que você precisa entrar com sua voz de comando firme e forte, e dizer: “VAMOS”, e assim ir agindo e mexendo seu corpo na direção contrária do vitimismo, desenhando a imagem interna e explicando para essas suas partes: “PRECISAMOS FAZER!” E a cada queixa… “VAMOS SEGUIR, É MELHOR ASSIM, E DEPOIS DE NOSSA PARTE FEITA, PODEMOS FAZER O QUE VOCÊ ESTÁ PEDINDO QUE NÃO É POSSÍVEL AGORA”…
Como aquela mãe com seu filho, que se recusa em tomar seu remédio quando doente, e ela precisa ser firme para que ele se cure.
Sim, esta é uma das atitudes que precisamos ter no processo de mudança!
Atitude mental e corporal, e quando formos cumprindo esse combinado, podemos ir repetindo para nós mesmos, a cada vitória: “eu venci!” Só por hoje, eu venci!
No mais meus amigos, minha última recomendação resumida:
“Dê voz ao seu interior, identifique sua dor. Explore ao máximo. Depois que definiu o que deve ser feito: Persista, se você já definiu, já processou, planejou e tem ciência do que tem que ser feito, não pense mais, levante-se e vá… faça!
Realizações dependem disso.
São duas etapas:
A primeira: dê voz ao interno, compreenda!
A segunda: Comande! Seja firme, seja forte, persistente e posteriormente usufrua da conquista! Essa é a sua recompensa!
Poder ver, sentir e dizer para si mesmo: Eu venci! Eu venci!
Bons planos! Boas metas e grandes realizações no próximo ano, que já está à espreita, na porta da sua vida cheio de expectativas em relação às atitudes, que você tomará!
Cynthia Lemos é psicóloga empresarial e coach
Comentários estão fechados.