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EXCLUSIVO: Mauro nomeia interventor para Hospital Regional de Rondonópolis

Mauro na coletiva defendeu respeito aos políticos
Mauro na coletiva defendeu respeito aos políticos

O primeiro ato administrativo do governo Mauro Mendes é amargo e tomado longe da classe política: nesta quarta-feira, 2, o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, viaja à tarde para Rondonópolis, onde oficializará uma intervenção do Estado no Hospital Regional Irmã Elza Giovanella e, para tanto, nomeará um interventor “técnico, que até pode ser daquela cidade”, segundo Figueiredo.

A revelação é de Figueiredo. Segundo ele, nem se trata mesmo de intervenção, pois o contrato do governo com a OSS Instituto de Gestão em Saúde Gerir, de Goiás, que administrava o hospital “venceu”, observa. Desde 27 de novembro a juíza da Primeira Vara Federal de Rondonópolis, Karen Regina Okubara, determinou o afastamento do Gerir da administração do Hospital Regional e entregou sua gestão ao governo.

Na noite desta terça-feira, primeiro dia de 2019, momentos antes de uma coletiva de Mauro em Cuiabá – como parte da programação de sua posse – Figueiredo revelou a intervenção. O secretário não entrou em detalhes sobre o saneamento financeiro do hospital, que enfrenta problemas de caixa e inclusive não quitou todos os compromissos salariais com seus funcionários no ano passado. A juíza Okubara proibiu a transferência de recursos do governo para o Gerir e o novo secretário terá que encontrar uma equação para sanear a situação. Quem responde pela direção do hospital é Onair Azevedo Nogueira,  com a chancela do governo.

Governo e Gerir batem cabeça. Um diz que paga outro sustenta que não recebe pela gestão. Enquanto isso o hospital experimenta o efeito sanfona – abre e fecha, fecha e abre – o que reduz sua capacidade e rapidez no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em 19 municípios da região.

A viagem de Figueiredo a Rondonópolis não foi comunicada à classe política da cidade. Na entrevista o questionei sobre a ausência de representantes do município na ação para sanear o hospital. “Sou secretário técnico. Posso até conversar com eles (a classe política) em outro fórum, mas nesse caso, não”, resumiu. A disposição do secretário em manter a classe política fora é tanta, que nem mesmo o prefeito de Poxoréu, Nelson Paim, foi comunicado. Paim preside o Consórcio Regional Sul de Saúde, que engloba Rondonópolis. Depois desse posicionamento Figueiredo encolheu parcialmente. Disse que havia conversado com vereadores e deputados eleitos sobre a situação do hospital, mas antes de tomar a decisão que anunciou.

Além de revelar que nomeará interventor para o hospital, Figueiredo também descartou a viabilização de um projeto do ex-governador Pedro Taques, de construir três hospitais regionais. “Primeiro temos que viabilizarmos os 11 hospitais do governo”, arrematou.

VERSÕES – Logo após a entrevista com Figueiredo, Mauro concedeu coletiva e ao responder a uma pergunta de blogdoeduardogomes falou sobre a relação de seus secretários com a classe política. “Qual sua orientação aos secretários técnicos em suas relações com políticos?”, questionou o site. O governador respondeu que a orientação é única para o secretariado: relação respeitosa sempre ouvindo todos, e que o mesmo será prática com a imprensa.

Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes

FOTO: blogdoeduardogomes em primeiro de janeiro de 2019

1 comentário
  1. Paulo A. M. Isaac Diz

    Hospital Regional é um caso de polícia. Por que os políticos foram a favor de terceirizar a saúde? O governo da época dizia que essa seria a solução. A ONG pegou dinheiro sim e deixou o rombo para o Estado. É sempre assim quando se trata de terceirização e P.P.P.

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