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Governo fecha delegacias e presídios em Mato Grosso

Ano amargo para a Segurança Pública. Assim é 2019 que chega ao fim. Na retrospectiva do período, blogdoeduardogomes focaliza o fechamento de Delegacias de Polícia e Centros de Detenção Provisória (CDP), em pequenas e médias cidades, por decisão do governador democrata Mauro Mendes, que contou com a simpatia do chefe do Ministério Público, José Antônio Borges, o aval da sempre subnmissa Assembleia Legislativa (em sua maioria) e o silêncio sepulcral dos sindicatos ligados ao setor.

Em 8 de fevereiro blogdoeduardogomes noticiou que o governo fecharia 21 delegacias em cidades e uma no distrito de Nossa Senhora da Guia, de Cuiabá. A informação tinha como fonte o delegado geral Mário Dermeval Aravechia de Resende. Mauro Mendes além de confirmar o fato, mas reduzindo para 16 o número de delegacias atingidas, acrescentou que também mandaria baixar as portas de 10 CDPs.

CDP de Aripuanã fechado
CDP de Aripuanã fechado

Alguns dias após a notícia, numa audiência pública na Assembleia Legislativa para debater o caso, o chefe do Ministério Público, José Antônio Borges, deixou muito claro que era favorável ao bota-fora da Polícia Civil. Borges explicou que o Judiciário e o MP realizam estudo para avaliar a possibilidade de desativar 14 das 79 comarcas. Em busca de justificativa para seu posicionamento Borges observou que as comarcas de Jaciara, Dom Aquino e Juscimeira são próximas uma das outras, e que elas podem passar por uma espécie de fusão, centralizando numa delas (Jaciara, a principal) toda a atividade forense das três, que se localizam no Vale do São Lourenço, polo regional de Rondonópolis.

Também à época os sindicatos das diversas categorias de policiais civis  não se manifestaram. A presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sinpol), Edleusa Mesquita, não se posicionou. O presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil, (Sindepojuc), Davi Padilha Nogueira, permaneceu em silêncio. A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo), Maria Alice Barros  Martins Amorim, não distribuiu nota sobre o fato. O presidente da Associação de Delegados de Policia (Amdepol), José Lindomar Costa, não distribuiu nota a respeito.

Resumo: Acorizal, Castanheira, Glória D’Oeste, Nova Lacerda e outras ficaram sem a Polícia Civil. Intempestivamente os CDPs de Aripuanã e outras cidades foram fechados “temporariamente”, como justificou o governo. Mato Grosso tem uma população carcerária que flutua entre 12.500 e 12.700 presos incluindo os sentenciados. As penitencárias funcionam hibridamente com presos temporários e os chamados apenados. A capacidade do Estado é para a metade dessa população. Com o fechamentos de CDPs esse quadro se agrava ainda mais.

 

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Arquivo blogdoeduardogomes em janeiro de 2019

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