Eleições municipais mostram decadência de Wellington Fagundes

Senador e presidente regional do PL, Wellington Fagundes vê seu partido à beira do abismo para as eleições em 2022, levando-se em conta seu desmoronamento para a disputa da eleição suplementar ao Senado e os pleitos municipais de 15 de novembro deste ano. Os liberais não disputam as prefeituras das principais cidades mato-grossenses, e nem mesmo em Rondonópolis, terra e domicílio de Wellington.
O partido de Wellington não conseguiu lançar candidatos a prefeito em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Barra do Garças e Sinop, dentre outros grandes municípios. Em Sinop, a prefeita Rosana Martinelli, que é correligionária do senador, concorreria à reeleição, mas de última hora, aparentemente sem nenhuma explicação, jogou a toalha.
Lutero Siqueira e Priminho Riva são os principais nomes do PL que disputam eleição para prefeito. Lutero assessora Wellington, foi prefeito de Guarantã do Norte, e quer voltar ao cargo. Priminho cumpriu dois mandatos consecutivos na prefeitura de Juara, e tenta voltar ao poder; Priminho é irmão do ex-deputado estadual e mandachuva da Assembleia Legislativa, José Riva.
No tocante às prefeituras, o PL será coajuvante nas eleições deste ano. Porém, na disputa da cadeira vaga no Senado com a cassação da senadora Selma Arruda e ora ocupada bionicamente por Carlos Fávaro (PSD), o partido de Wellington tem tímida participação com o pré-candidato José Márcio Guedes, o Zé Márcio, que ocupa a segunda suplência na chapa encabeçada pelo tucano Nilson Leitão e que tem o ex-governador Júlio Campos (DEM) na primeira; Zé Márcio é assessor do senador.
BARRA – Em Barra do Garças o vice-prefeito Wellington Marcos era filiado ao PL, mas o trocou pelo Democratas e foi escolhido em convenção candidato a prefeito com o vice, o pastor Marosam Dias (PSL). O xará senador, sem alternativa, o apoia.
ASSEMBLEIA – Na Assembleia Legislativa o PL não ocupa nenhuma cadeira. Na bancada federal, com oito deputados, não há liberal.
RONDONÓPOLIS – Em Rondonópolis a ausência do PL na disputa deixa Wellington nas cordas. Além disso, o partido não ocupa nenhuma cadeira na Câmara Municipal.
YANAI – Em Sinop, além da desistência de Rosana Martinelli, Wellington sofre outro duro golpe. Seu primeiro suplente no Senado, o médico, empresário e ex-deputado estadual Jorge Yanai era filiado ao MDB, mas o deixou pelo Podemos, e por essa sigla disputa a prefeitura. O segundo suplente do senador é o professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, Manoel Motta (PCdB), que estará no palanque de seus companheiros de sigla.
Em suma, o PL perde antes da eleição. Perde por W.O.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Agência Senado
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