Boa Midia

Corinthians passa pelo Palmeiras e vê título mais perto

Jô sofre pênalti, cobra, marca e comemora
Jô sofre pênalti, cobra, marca e comemora

Em um dos grandes jogos do Campeonato Brasileiro, principalmente pelo primeiro tempo, o Corinthians voltou a ser o time eficiente nos contra-ataques e mortal nas finalizações no clássico diante do Palmeiras no estádio Itaquerão, neste domingo Com a vitória sofrida por 3 a 2, pela 32.ª rodada, o clube alvinegro chegou aos 62 pontos, abrindo seis para o Santos, novo vice-líder, e oito de frente para o Palmeiras, agora quarto colocado, que se distancia da luta pelo título e vê o fim de uma sequência de cinco jogos sem perder. Os poucos mais de 46 mil pagantes significam o recorde de público em jogos do Corinthians na sua arena.

Matematicamente, a disputa ainda está aberta, mas o Corinthians, líder desde a quinta rodada, ganhou força psicológica faltando seis rodadas. Nesta quarta-feira, vai visitar o Atlético Paranaense, enquanto que o Santos enfrenta o Vasco no estádio da Vila Belmiro, em Santos; o Palmeiras vai pegar o Vitória fora de casa.

Com a vitória, o Corinthians encerrou uma sequência de quatro jogos de resultados negativos (três derrotas e um empate). O último triunfo havia sido diante do Coritiba, quase um mês atrás Os arquirrivais fizeram um jogo à altura da posição que ocupam na tabela de classificação, da tradição do maior clássico paulista e da rivalidade centenária.

Com Borja confirmado no ataque (Willian ainda não está 100% fisicamente) e a volta de Mina à zaga depois de três meses por causa de uma contusão, o Palmeiras começou com a mesma postura dos últimos quatro jogos: marcação no campo do adversário, em geral com cinco jogadores, e valorização da posse de bola. Em dois minutos, conseguiu duas finalizações e mostrou que atacaria mesmo no campo do rival.

Com as mudanças que já haviam confirmadas pelo técnico Fabio Carille no último sábado (Camacho e Clayson nas vagas de Maycon e Jadson, respectivamente), o Corinthians optou a ligação direta, saltando as jogadas do meio de campo. Jô vencia as disputas aéreas com Mina e escorava para os meias.

Além disso, na saída de bola, tratou de usar a mesma estratégia do rival e marcar a saída de bola. Foi aí que conseguiu do início do jogo: uma finalização de Rodriguinho para grande defesa de Fernando Prass.

Mais elétrico que nas últimas partidas, o time da casa começou a encontrar espaços para finalizar a partir de jogadas pelas laterais. Neste contexto, funcionaram as mudanças do treinador, principalmente do lado esquerdo. Clayson e Guilherme Arana sempre tramaram com facilidade.

A partir do reta final do primeiro tempo, o jogo entrou em um ritmo alucinante, sem pausa para respiração com uma sucessão de lances importantes. Aos 27 minutos, Rodriguinho chutou cruzado e Romero completou para o gol, chegando na frente de Egídio. As câmeras de TV, no entanto, mostraram que o atacante corintiano estava à frente, impedido. Foi o 21.º gol do paraguaio no Itaquerão – ele é o artilheiro absoluto da nova casa corintiana

Aos 29 minutos, no momento em que o Palmeiras tentava assimilar o golpe, o capitão corintiano Balbuena fez o segundo gol após cobrança de escanteio de Clayson. Em dois minutos, o Corinthians conseguiu abrir 2 a 0. Além da desatenção, o Palmeiras pecou ao permitir espaço para os contra-ataques, a especialidade corintiana.

Desesperado com a desvantagem, mas lutando para se manter organizado, o Palmeiras se lançou à frente, acelerando as jogadas, também pelas laterais. Aos 34 minutos, Mina ganhou a disputa aérea com Pablo e recolocou o Palmeiras no jogo após cobrança de escanteio. O colombiano fez apenas o seu segundo jogo. Foi o único momento do primeiro tempo em que o estádio se calou.

O silêncio durou pouco. Aos 37 minutos, Jô converteu o pênalti sofrido por ele mesmo após ganhar disputa com Edu Dracena. Foi o seu 16.º gol no Brasileirão – ele se iguala ao goleador máximo do torneio: Henrique Dourado, do Fluminense.

Na etapa final, muito mais travado, brigado, lento e feio que a etapa inicial, o técnico interino Alberto Valentim trocou Keno, que estava apagado, por Róger Guedes. Outros jogadores do Palmeiras também tiveram atuações discretas como Dudu e Tchê Tchê. Aos 20 minutos, o treinador palmeirense decidiu abrir mão de um volante para buscar o empate: trocou Bruno Henrique por Guerra. Em um de seus primeiros lances, o venezuelano bateu escanteio, Pablo afastou mal e Moisés acertou um belo chute, quase sem ângulo: 3 a 2.

Com Guerra, o Palmeiras voltou a colocar a bola no chão. O Corinthians, por sua vez, esperava uma bola no contra-ataque. O time alviverde insistiu nos cruzamentos nas áreas, mas as chances efetivas ficaram raras. Tenso e nervoso, o clube alvinegro rebatia todos as poucas construções do rival.

 

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 3 x 2 PALMEIRAS

CORINTHIANS – Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel (Maycon), Camacho (Fellipe Bastos), Romero, Rodriguinho e Clayson (Jadson); Jô. Técnico: Fábio Carille.

PALMEIRAS – Fernando Prass; Mayke, Edu Dracena, Mina e Egídio; Bruno Henrique (Guerra), Tchê Tchê (Deyverson) e Moisés; Dudu, Keno (Róger Guedes) e Borja. Técnico: Alberto Valentim (interino).

GOLS – Romero, aos 27, Balbuena, aos 29, Mina, aos 34, Jô (pênalti), aos 37 minutos do primeiro tempo; Moisés, aos 22 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Romero, Gabriel, Maycon, Fagner, Cássio e Jadson (Corinthians); Dudu, Edu Dracena, Egídio e Bruno Henrique (Palmeiras).

CARTÃO VERMELHO – Deyverson (Palmeiras).

ÁRBITRO – Anderson Daronco (Fifa/RS).

RENDA – R$ 2.908.847,10.

PÚBLICO – 46.090 pagantes.

LOCAL – Estádio Itaquerão, em São Paulo (SP).

 

Gonçalo Junior/AE
FOTO: Felipe Rau/AE

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies