Boa Midia

Conversa com a bancada federal

Eduardo Gomes

andrade@eduardogomes

eduardogomes.ega@gmail.com

O Brasil está a um passo burocrático para ganhar um complexo viário no ponto de maior fluxo de tráfego pesado e leve de longa distância em Mato Grosso: o Trevão, em Rondonópolis, onde as rodovias federais 364 e 163 unem-se e se bifurcam. Sobre esta obra dirijo-me à bancada federal sugerindo que à mesma seja dado o nome de Joaquim Amâncio Filho – Nêgo Amâncio.

A indiferença da classe política com a memória de grandes vultos mato-grossenses empurra nomes que deixaram suas digitais na construção e no desenvolvimento desta abençoada e ensolarada Terra, à volatilização, como é o caso de Nêgo Amâncio.

Assim será o complexo

Peço à bancada federal de Mato Grosso que defenda nas duas casas do Congresso o nome de Nêgo Amâncio para o complexo que deverá começar a sair do papel no final deste ano – o que acontecerá tão logo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) avalie aspectos técnicos do projeto e o autorize, atendendo assim sua própria exigência ao conceder a BR-163 para a Nova Rota do Oeste.

Não sei se os 11 integrantes da bancada conhecem a história de Nêgo Amâncio, mas creio que o deputado federal José Medeiros (PL) tenha conhecimento da mesma, por sua profissão originária de inspetor da Polícia Rodoviária Federal; e que o senador Wellington Fagundes (PL) não somente a conheça, mas que a reverencie, pois Nêgo Amâncio foi importante para a interligação rodoviária de Mato Grosso com Goiás e Minas Gerais, estados que o pai de Wellington, seo João Antônio Fagundes, o João Baiano, percorreu a pé na longa caminhada da Boa Terra para Poxoréu em busca do amanhã.

Nêgo Amâncio

Creio que Wellington e José Medeiros poderão abraçar a ideia da homenagem a Nêgo Amâncio, e que seus pares também o façam, por tratar-se também da correção de uma injustiça que no dia a dia torna-se recorrente em Mato Grosso.


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Portanto, peço aos senadores José Lacerda (PSD), Wellington e Jayme Campos (UPR); e aos deputados José Medeiros, Emanuel Pinheiro e Juarez Costa (ambos do MDB), Rodrigo da Zaeli, Nelson Barbudo e Coronel Fernanda (todos do PL) e Gisela Simona e Coronel Assis (ambos da UPR), que abracem a causa pela memória de Nêgo Amâncio.

Na legislatura anterior na Assembleia, portanto antes de se falar no complexo rodoviário que será construído, pedi ao deputado Dr. Eugênio (PSB) que apresentasse um projeto de lei propondo o nome de Nêgo Amâncio à rodovia MT-110, que liga Alto Garças a Guiratinga, mas quando da tramitação descobriu-se que essa estrada recebeu o nome de Osvino Trentini, reverenciando-se a memória do pai de Roland Trentini, que por três vezes foi prefeito de Alto Garças; quem homenageou a memória de Trentini foi o deputado estadual Sebastião Rezende (UPR). O Dr. Eugênio exerce o mandato com foco no Vale do Araguaia, do qual fazem parte os municípios de Alto Garças e Guiratinga, daí seu atendimento ao meu pedido.

Vejo com tristeza a ausência do nome de Nêgo Amâncio entre os próprios em Mato Grosso, e mais triste ainda fico com a indiferença e Guiratinga à sua memória, pois Nêgo Amâncio a retirou do isolamento e lhe o sopro de desenvolvimento, que muito beneficiou também Tesouro, Poxoréu, Rondonópolis, Barra do Garças e região.

Comemoro e faço coro com Rondonópolis pela conquista sonhada pelo prefeito Cláudio Ferreira (PL) e definida pelo governador Mauro Mendes (UPR) após uma visita conjunta do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) com Cláudio ao local onde o complexo será construído. Minha alegria traduz a realização de uma obra que será o ponto máximo do desenvolvimento do transporte rodoviário terrestre em Mato Grosso, num lugar que conheci há 55 anos, numa época em que ali não havia o encontro das principais rodovias mato-grossenses, nem pavimentação. Em 1970 a BR-163 recebia pela direita a BR-364 no entroncamento Sete Placas bem fora da área urbana. A primeira é uma longitudinal que começa em Tenente Portela (RS) e se estende ao Pará, com um trecho denominado Cuiabá-Santarém. A outra é uma rodovia diagonal denominada Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que começa em Cordeirópolis (SP) e avança até Mâncio Lima (AC).

O Trevão surgiu em 1972, quando a BR-364, em pavimentação, teve parte de seu trajeto alterado; antes ela cruzava a Serra da Jiboia e São José do Planalto (Birro), e depois foi deslocada para a Serra da Petrovina atravessando o Jurigue e Pedra Preta, e chegando a Rondonópolis.

Não sintetizarei o perfil de Nêgo Amâncio neste editorial, pois prefiro que todos o conheçam lendo o capítulo dedicado a ele na página 86 do livro O lugar é aqui – Uma região diferenciada, de minha autoria e postado em page flip na capa do www.blogdoeduardogomes.com.br

Espero contar com a leitura de todos, e de modo especial pelos congressistas, para que após a leitura saibam da justiça que será praticada caso o nome de Nêgo Amâncio seja dado à obra.

Fotos:

2 – Arte Governo de Mato Grosso

3 – Acervo família Nêgo Amâncio

4 – Arte Capa do livro/ Marco Antônio Raimundo

1 comentário
  1. Gisela Simona Diz

    Excelente proposta. Já estou enviando o artigo agora para o grupo da bancada federal. E vou pautar na próxima reunião conjunta.

    Gisela Simona – Deputada federal

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