Boa Midia

Contribuinte arca com mais uma eleição suplementar

Não adiantou o otismo no cartaz de campanha. Inês não ficou

Esta é uma matéria que não deveria ocupar espaço editorial na Comunicação mato-grossense. No entanto, em razão da fragilidade da Legislação Eleitoral, a mesma está aqui.

 

No município de Torixoréu, com 3.547 habitantes, no Vale do Araguaia, divisa com Goiás, haverá eleição suplementar em data ainda a ser definida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Isso, por conta da cassação do registro de candidatura da vencedora do pleito, Inês Coelho (DEM), que se reelegeu ao cargo com 1.392 votos (51,61%).

Impedida de continuar prefeita, Inês deixou o cargo neste 1º de janeiro para o vereador Thiago Timo (PSB), que nesta data se elegeu presidente da Câmara e exercerá a função de prefeito constitucional até a posse de quem conquistar a prefeitura na eleição suplementar, ainda sem data para ser realizada.

Todos. Absolutamente todos os que bebem água, menos os membros da Justiça Eleitoral, sabiam que Inês era inelegível, mas, ainda assim, e apesar dos protestos do Ministério Público Eleitoral, a Justiça Eleitoral chancelou seu direito de concorrer. Deu no que deu e agora o contribuinte bancará mais uma eleição suplementar que poderia ter sido evitada em Mato Grosso.

Entendem: prefeito pode se reeleger ao cargo, desde que na segunda tentativa consiga atender às exigências legais. Odoni Coelho, marido de Inês, se elegeu para a prefeitura em 2012. Em 2016 Odoni tentaria a reeleição, mas alcançado pela Lei Ficha Limpa, ficou impedido de se candidatar – ele inclusive foi preso acusado de improbidade administrativa – e, então, lançou sua mulher para prefeita. Inês ganhou e administrou quatro anos.

O casal Coelho administrou Torixoréu por oito anos consecutivos. Odoni cumpriu o primeiro mandato e Inês o segundo. Neste ano, Inês foi aprovada em convenção partidária, o Ministério Público Eleitoral chiou, mas a Justiça Eleitoral manteve a candidatura.

Se Inês fosse empossada o casal Coelho administraria Torixoréu por três mandatos consecutivos, o que seria ilegal. Daí a decisão de última hora, que custará caro ao bolso do contribuinte, que no final das contas é quem paga tudo.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Comitê de campanha de Inês Coelho

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