Boa Midia

Clima prejudica pecuária no Xingu

Como conseguir ganho de peso, mais arrobas? Esse é o dilema da pecuária de São José do Xingu, no Norte Araguaia, e considerada nacionalmente a Capital do Boi Gordo. Isso, por conta da prologada estiagem que começou há quatro meses, em maio.

Um dos principais polos da pecuária mato-grossense, São José do Xingu, a exemplo do restante do Estado, enfrenta adversidade climática – talvez a maior em todos os tempos – que provoca a elevação da temperatura, reduz a umidade relativa do ar, o que afeta duramente as pastagens na região, que se dedica à pecuária extensiva.  Quem toca nessa questão é o presidente o Sindicato Rural do município, Fernando Tulha.

Segundo Tulha, o quadro climático é duramente agravado pelo fogo acidental ou não, que às vezes se transforma em incêndio florestal ou em pastagem. O presidente salienta que o sindicato orienta sindicalizados e que atua junto com órgãos governamentais na prevenção e no combate às chamas. Chuva na região, segundo a previsão, somente a partir do dia 26 deste setembro.

São José do Xingu esteve no epicentro do maior incêndio florestal em Mato Grosso, que ocorreu em 1998, quando um parceleiro da reforma agrária, recém-chegado à região e assentado no distrito de Santo Antônio do Fontoura ateou fogo numa coivara, as chamas se alastraram descontroladas, pois a região enfrentava o problmea do El Niño e se encontrava sem chuva há mais de dois meses. O fogo se espalhou pelo município e os vizinhos Santa Cruz do Xingu, Confresa, Porto Alegre do Norte, Vila Rica, Querência, Ribeirão Cascalheira e Santa Terezinha, causando grandes prejuízos com a destruição de cercas, currais e pastagens – além de graves danos ambientais. Não há números exatos, mas estima-se que mais de 100 mil cabeças bovinas morreram.

São José do Xingu tem 5.595 habitantes. O município é banhado pelo rio que lhe empresta o nome e em parte é ocupado por área do Parque Indígena do Xingu. A cidade integra o corredor leste-oeste que liga Confresa à margem da BR-158 a Matupá, na BR-163, a Cuiabá-Santarém. A travessia do Xingu é feita por balsa operada por índios.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Arquivo Prefeitura São José do Xingu – Divulgação

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