Cadê o dinheiro das creches que estava aqui?
Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes
Em 31 de dezembro de 2023, reveillon, véspera do Ano-Novo, o governador Mauro Mendes (União) brindou 2024, que começaria com um déficit de 12 mil vagas nas creches, mas que teria 120 milhões de reais assegurados para reduzir essa vergonha. Estamos na segunda semana de julho, em plena vigência do calendário eleitoral que restringe lançamento de obras e impõe duras regras tentando impedir o uso da máquina pública para fins eleitoreiros, e Mauro Mendes não investiu um centavo de real na construção de creche.
A dinheirama foi disponibilizada por força de uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa. Caberia ao governo elaborar os projetos e executá-los, porém Mauro Mendes não moveu um dedo sequer nesse sentido. Conclusão, os recursos permanecerão nos cofres do governo enquanto a criançada fica em segundo plano e com seus pais impotentes para reclamarem por um direito constitucional de seus filhos pequenos.
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Os120 milhões de reais que hibernam nos cofres do Palácio Paiaguás fazem parte de um plano de investimento na primeira infância, de 480 milhões para aplicação em valores iguais neste ano e em 2025, 2026 e 2027.
Esta situação é conhecida pelas autoridades do poder político e por aquelas que fazem o controle externo do governo. Tanto assim, que nesta terça-feira, 9, numa audiência pública na Assembleia Legislativa, para debater o orçamento de 2025, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Antônio Joaquim, denunciou e criticou o fato de 12 mil crianças serem mantidas fora das creches.
O texto acima deixa bem claro a realidade mato-grossense. Não é preciso acrescentar mais nada a ele.
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