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Bolsonaro pressiona e SUS libera cloroquina

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) protocolo liberando o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no SUS em pacientes com sintomas leves da COVID-19. 
O presidente Jair Bolsonaro, defensor da utilização da substância, que não tem eficácia comprovada por meio de estudos, anunciou mais cedo pelo Twitter que o medicamento seria liberado.
A cloroquina já era usada no Sistema Único de Saúde (SUS), mas apenas nos casos mais graves. A mudança no protocolo era um pedido de Bolsonaro, o que inclusive foi um dos motivos que levou à saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, pois o médico resistia a liberar a substância, assim como o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
A Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda o uso da cloroquina, da mesma maneira que o Conselho Federal de Medicina, que embora tenha dito que não existem pequisas comprovando a eficácia da substância, liberou sua utilização.

Paciente deve assinar termo de consentimento

De acordo com o novo protocolo, que serve como orientação para a rede pública, o paciente deve autorizar o uso da cloroquina mediante a assinatura de um termo de consentimento. O documento afirma que “não existe garantia de resultados positivos” e que “não há estudos demonstrando benefícios clínicos” da cloroquina.
Além disso, o termo diz que o medicamento pode causar efeitos colaterais como “disfunção grave de órgãos”, “prolongamento da internação”, “incapacidade temporária ou permanente” e “até o óbito”.
A hidroxicloroquina tem as mesmas propriedades da cloroquina, mas possui toxicidade menor e menos efeitos colaterais. Os medicamentos são conhecidos há algum tempo e usados no tratamento de malária e doenças reumáticas.

 

Sputnik Brasil

FOTO: Meramente ilustrativa 

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