Boa Midia

Avião com Blairo e familiares faz pouso forçado

Blairo permaneceu tranquilo a bordo
Uma falha mecânica no trem de pouso direito obrigou o piloto do jato executvio de prefixo PP-LBM a um pouso de emergência no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, que não era seu destino. A aeronave, do grupo Amaggi, transportava o líder daquele conglomerado, Blairo Maggi, e familiares. Ninguém se feriu. No angustiante tempo de duas horas sobrevoando Cuiabá, para queimar combustível, na mente de Blairo certamente povoou a memória de um grave acidente sofrido por seu pai, o empresário, colonizador e ex-prefeito de Sapezal, André Antônio Maggi, fundador do Amaggi e patriarca dos Maggi. Foi o segundo susto dos Maggi nos ares.

 

O jato que apresentou problema é uma das referências da aviação executiva mundial e tem autonomia intercontinental. O Turbofan C-680 além do DNA da Cessna, que o fabrica, é movido por duas turbinas Rolls Royce. O conforto que oferece aos seus (até) 10 passageiros e sua segurança resultam no salgado preço no mercado aeronáutico, de US$ 25 milhões.

Blairo voava com a família, da fazenda Tucunaré, em Sapezal, para o aeroporto particular ao lado de sua casa na zona periférica de Cuiabá. Ao se aproximar do aeroporto o comandante detectou falha no trem de pouso direito. A anomalia o fez mudar a rota para o Marechal Rondon, que tem presença de bombeiros militares. O pouso seria de emergência, o que exigia a chamada queima de combustível. Esse procedimento manteve o jato voando em círculos sobre Cuiabá e Várzea Grande, por duas horas, na tarde de ontem, 21.

A um passo da pane seca, o comandante aterrissou. Foi um pouso suave, clássico, perfeito. Coisa dos bons senhores dos manches. O que era lágrima nos rostos de passageiros virou sorriso. Sorriso de felicidade, de reencontro com a vida. Blairo manteve a serenidade o tempo todo, e como praxe na modernidade da comunicação, narrou vários momentos da longa espera e o toque da aeronave no solo abençoado de Mato Grosso.

Seo André Maggi e o seu mundo: a soja

Mesmo tranquilo, certamente Blairo refletiu sobre um acidente aéreo, do qual seu pai saiu praticamente ileso.  Na madrugada de 28 de janeiro de 1997, seo André Maggi embarcou em seu bimotor PT-OKT, no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, para Rondonópolis, onde residia. Seu piloto, Almir Leal da Silva, o Maniçoba, de Rondonópolis, era um antigo comandante de aviões dos Maggi.

Na decolagem teria ocorrido a explosão de um dos motores e o comandante sequer teve tempo de comunicar à torre – fez um pouso de emergência na cabeceira principal da pista. Seo André e Maniçoba sofreram ferimentos leves, e saíram às pressas do avião, que virou uma bola de fogo.

O acidente deixou uma grave sequela em seo André, que teve a audição afetada.

Maniçoba morreu em 14 de maio de 2004, num acidente na zona rural, em Tangará da Serra, para onde voava pilotando um avião monomtor Sertanejo transportando o pecuarista José Wellington Gomes de Lima e sua mulher Tereza Gomes de Lima. O casal também morreu.

BLAIRO – Blairo Borges Maggi (PP) lidera o grupo Amaggi. É agronômo, foi suplente do senador Jonas Pinheiro, governador de Mato Grosso em dois mandatos consecutivos, senador e ministro da Agricultura no governo do presidente Michel Temer.

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS: blogdoeduardogomes em arquivo

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