Os engenheiros do Movimento Pró VLT, de Cuiabá e São Paulo, encontraram a solução para a conclusão das obras do VLT de Cuiabá e Várzea Grande sem que o Estado gaste mais dinheiro novo.
De acordo com o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana que criou o Grupo de Trabalho (GT) em 2019, Jean Pejo, a matemática é simples: “Como o governo do Estado tem depositado na conta do VLT R$ 193 milhões, basta aplicar o dinheiro que é suficiente para terminar a primeira etapa (Aeroporto – Porto – Centro) dentro de uma Parceria Público Privada (PPP). O “P” Público estará em alta porque o Estado terá feito a sua parte, ficando o restante à iniciativa privada, tanto na operação como na extensão dos trilhos até o CPA e o Coxipó”.
Da mesma forma, o engenheiro José Pícolli, entende que esse é o caminho: “As principais obras de arte já foram realizadas, estação de passageiros ao lado do aeroporto, viadutos da avenida da FEB, SEFAZ, UFMT, ponte sobre o rio Cuiabá, 294 vigas dos pilares da ponte sobre o rio Coxipó e o viaduto que dá acesso ao município de Santo Antônio de Leverger. A Parceria Público Privada (PPP) é o caminho mais fácil e econômico para a conclusão das obras”.
O engenheiro José Pícolli é um grande especialista em VLT. Participou da construção do VLT do Rio de Janeiro e dos estudos técnicos do VLT de Cuiabá e Várzea Grande, que já possuem 3,5 quilômetros de trilhos eletrificados, o que corresponde a 70% do total da obra.
Todo esse investimento que consumiu cerca de R$ 1 bilhão de reais não pode ser jogado no lixo. O Estado paga R$ 4 milhões de juros ao mês, por esse empréstimo junto a Caixa Econômica Federal, mesmo o VLT não funcionando até 2047.
A retomada das obras irá gerar 1.200 empregos diretos e 4.000 indiretos. Os benefícios serão extraordinários. O VLT possui preferência semafórica, portanto mais rápido, transporta de 400 a 600 pessoas, poluição zero e mais confortável. O comércio será beneficiado com um serviço público de qualidade, o turismo incentivado com a paisagem belíssima do VLT deslizando no leito gramado.
Essa é a proposta do Movimento Pró VLT, mais vantajosa para o Estado e para a sociedade. Não há necessidade de o governo do Estado desembolsar mais nenhum dinheiro novo. Desde que, conclua essa primeira etapa com o dinheiro que já tem depositado na conta do VLT.
O Movimento Pró VLT, cívico e suprapartidário, defende a transparência total e sem corrupção.
É claro que se houver outras propostas a sociedade deve debater todas as alternativas. O problema é que o governo sequer apresenta uma posição sobre a continuidade, o tempo passa e o governo se mantém calado!
Com quem será que o governo tem compromissos?
Vicente Vuolo é servidor do Senado, economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT