Alexandre Cesar fora do PDT. Isso é o que pede o vice-presidente municipal do partido em Cuiabá e candidato a vereador, Diogo Botelho. A fundamentação? O deplorável episódio do recebimento de dinheiro por deputados estaduais exibido pela TV Globo, em 2017, e que recebeu o jocoso nome de Escândalo do Paletó, do qual Alexandre participou, e que segundo o à época governador, Silval Barbosa, em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, se tratava de propina.
Diogo pede que a Comissão de Ética do PDT julgue Alexandre por sua participação no Escândalo do Paletó, quando o mesmo era deputado filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Esse escândalo consistiu na entrega de pacotes de dinheiro a parlamentares, por Sílvio Corrêa, então chefe de gabinete de Silval. As imagens mostram os então deputados Ezequiel Fonseca, Hermínio Barreto, Airton Português, Alexandre Cesar, Luciane Bezerra, Antônio Azambuja, José Domingos Fraga e Emanuel Pinheiro (agora prefeito de Cuiabá e candidato à reeleição pelo MDB) embolsando pacoteiras de maços de cédulas de reais.
Sílvio e Silval em delação premiada sustentaram ao Ministério Público que os parlamentares recebiam a dinheirama para permanecerem calados diante dos escândalos que aconteciam nas obras da Copa do Mundo de 2014 e na execução do programa rodoviário MT Integrado. A cota de cada um era de R$ 600 mil, em parcelas de R$ 50 mil mensais. Diogo cita esse fato observando que em 11 de setembro deste 2020, a 5ª Vara Federal de Cuiabá tornou Alexandre réu na ação que passará o escândalo à limpo.
O partido de Diogo não se pronunciou. Alexandre, também, não.
A ação de Diogo sacode os meios políticos de Cuiabá. Caso consiga a expulsão de Alexandre, seu partido não correrá o risco de ser nivelado ao prefeito Emanuel, que carrega a pecha de Paletó. Com Alexandre filiado o eleitor poderá optar entre o Paletó e a Mochila.
Redação blogdoeduardogomes com foto em arquivo