Forças federais farão a segurança das eleições em 21 dos 141 municípios mato-grossenses. Dentre eles, Marcelândia e Porto Alegre do Norte, não há disputa pela prefeitura. No primeiro, Celso Luiz Padovani (DEM), e no outro, Daniel Rosa do Lago (PDT) são candidatos únicos ao cargo.
A argumentação para o envio das tropas apresentada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ,ministro Luís Roberto Barroso é o risco de conflitos entre facções criminosas, reduzido efetivo da polícia estadual e dificuldade de acesso às localidades. Tanto em Porto Alegre do Norte quanto em Marcelândia, ambas comarcas, a criminalidade é baixa; efetivo reduzido é situação comum a Mato Grosso, à exceção de Cuiabá e Várzea Grande; e dificuldade de acesso não há – Marcelândia, no Nortão, tem acesso pavimentado pela MT-320; e Porto Alegre do Norte, no Vale do Araguaia, fica à margem da BR-158, que tem ligação pavimentada com o Pará e Tocantins.
Em outros cinco municípios mato-grossenses: União do Sul, Ponte Branca, Itanhangá, Castanheira e Salto do Céu a disputa pela prefeitura tem somente um candidato. Fica difícil imaginar que alguém concorrendo sozinho chegue em segundo lugar, e que em municípios assim haja risco de violência no dia da votação.
Aparentemente faltou interatividade entre o Tribunal Regional Eleitoral com o TSE. Se o envio das tropas tivesse sido planejado de acordo com a realidade mato-grossense, o contribuinte – que é quem paga tudo – não teria que desembolsar para bancar segurança federal em municípios onde o consenso político prevalece.
Redação blogdoeduardogomes
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