Sindicato pede PF que investigue se gesto de Mauro Mende é saudação nazista

Eduardo Gomes

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Uma representação criminal na Polícia Federal contra o governador Mauro Mendes (União), foi o saldo de sua participação no ato promovido por Jair Bolsonaro, em São Paulo, no domingo (6), por anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Na segunda-feira (7) o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso, Itamar Perenha, representou contra o governante, que teria feito uma saudação nazista no palanque de Bolsonaro montado sobre um caminhão de trio elétrico.

Mauro Mendes levantou o braço esquerdo, com a palma aberta e os dedos juntos e gritou: “Por Deus, pela pátria, pela liberdade. Sim!” . O gesto, segundo Perenha, foi interpretado por jornalistas como a famosa saudação nazista que se fazia a Adolf Hitler – ao grito de Heil Hitler! (Salve Hitler, na tradução livre) quando o Partido Nazista estava no poder na Alemanha. O presidente classista acrescentou que diante do posicionamento dos colegas sindicalizados, representou contra o governante.

A Secretaria de Comunicação do Governo (Secom) não distribuiu nota sobre a representação criminal.

SEM CHÃO – Mauro Mendes enfrenta uma dualidade.

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O grupo bolsonarista que se diz raiz, não o engole e o vê como melancia – a pecha dada àquele que os bolsonaristas dizem ser verde por fora e vermelho por dentro. Essa resistência remonta ao começo da trajetória do governante que integrava a aliança estadual que apoiava o presidente Lula; por essa aliança Mauro Mendes foi candidato a prefeito de Cuiabá em 2008 pelo PR tendo em sua chapa a vice-prefeita Verinha Araújo (PT); Mauro Mendes também foi filiado ao PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A resistência a Mauro Mendes pela esquerda também é grande. Ele é citado como grande minerador e de liderar um governo que procura abrir a porteira ao máximo para o agronegócio e a mineração.

Nesse contexto, Mauro Mendes é citado insistentemente pela mídia na condição de virtual candidato ao Senado.

Foto: Reprodução X