Céu de brigadeiro pra Baú em São Félix do Araguaia

Baú

Em 1973 o mineiro de Lagoa da Prata, José Antônio de Almeida era um jovem piloto em busca do pão de cada dia. Naquele ano, com seu Cessna 172, ele decolou em Paracatu, em seu Estado, com destino aos garimpos de ouro em Itaituba, no Pará, onde pretendia trabalhar. Na rota, pousou em São Félix do Araguaia para prosseguir no dia seguinte.

Em São Félix, pilotos desaconselharam José Antônio de tentar a sorte no Pará. Seu avião, de pequeno porte, não se encaixava no perfil das aeronaves que voavam garimpo. Pensativo, fechou a porta do quarto do hotel pra dormir, sem saber se decolaria ou se ficaria.

Ao clarear o dia o porteiro bateu na porta do quarto de José Antônio: “acorda ó do BAU. Tem um pessoal precisando voar”. Com seus botões ele pensou, “lugar bom pra se ganhar dinheiro”.

Os voos continuaram. Seu coração também bateu asas e o levou ao altar. Nunca mais saiu de São Félix, onde além de tudo que a vida lhe deu, ganhou o apelido do prefixo de seu Cessna, porque seus primeiros clientes não sabiam seu nome e o identificavam como sendo o homem do BAU, mais tarde apenas Baú.

Por duas vezes Baú foi prefeito da cidade lhe rendeu o apelido e onde o encontro das águas do rio das Mortes com o Araguaia resultou no surgimento da lendária Ilha do Bananal.

 

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