Rota do Oeste exibe viaturas descaracterizadas da PRF

As viaturas descaracterizadas

Amiga da onça. Assim é a concessionária Rota do Oeste, que explora o pedágio em 890 quilômetros da  BR-163 em Mato Grosso. Essa amizade tem duas faces: a primeira – o contrato que lhe entregou as chaves dos cofres dos pedágios previa sua duplicação em 5 anos a partir de 2014, o que não acontecerá; segunda – na sexta-feira, a Rota do Oeste doou sete viaturas Chevrolet para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para fiscalização do trecho que explora. Porém, em nome da propaganda da ação, distribuiu nota com foto revelando que seis veículos são descaracterizados.

Corredor do narcotráfico e passagem de armas oriundas da Bolívia, que entram clandestinamente em Mato Grosso, a 163 exige permanentes ações de inteligência policial, o que requer veículos descaracterizados. Uma camionete e seis automóveis recebidos pela PRF poderiam ser utilizados para tanto, mas a Rota do Oeste tratou de informar quantos e quais são tais viaturas.

O trecho de 890 quilômetros que a Rota do Oeste é um corredor Norte-Sul que liga a divisa de Mato Grosso do Sul ao trevo com a MT-220 no município de Sinop e cruza Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Empresa da Odebrecht Rodovias, a concessionária da 163 não conseguiu financiamento bancário para tocar parte da obra de duplicação, em razão do rolo nacional que leva as digitais da Odebrecht e que botou na cadeia figuras da elite brasileira, inclusive Marcelo Odebrecht, o filho de Emílio Odebrecht e neto de Norberto Odebrecht fundador dessa construtora que corrompeu políticos no Brasil e em outros países.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Divulgação Rota do Oeste

 

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