No caso da febre amarela especialistas afirmam que a doença não chegou aos centros urbanos e que os casos registrados no país, especialmente, na região sudeste, se restringem às áreas rurais e de florestas. Felizmente, a garantia é de que a febre amarela urbana, também transmitida pelo Aedes aegypti, foi erradicada em 1942.
Mas, como bem sabemos, por termos o vetor da forma urbana em abundância, existe uma grande preocupação em evitar que a febre amarela seja reurbanizada. Por isso, não dá para descuidar com esses insetos transmissores, que ano após ano estão sempre contando com um ambiente favorável para a reprodução, muitas vezes, criados por nós mesmos. O risco é para todos: homem ou mulher, branco, negro ou pardo, rico ou pobre.
Precisamos evitar, por exemplo, que ocorra uma nova explosão de casos, como os da zika registrada no ano de 2016, em grande parte do país, especialmente por conta da sua relação com a microcefalia. Já neste ano, Mato Grosso lidera a lista de alto risco de transmissão de febre chikungunya no país. De acordo com dados divulgados no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS) de janeiro a junho do ano de 2018, foram registrados 380 casos novos da doença para cada 100 mil habitantes e, no mesmo período de 2017, foram apenas 83 casos notificados a cada 100 mil habitantes em todo o estado.
Todos nós devemos estar atentos e eliminar os criadouros do mosquito e, para isso, os cuidados a serem adotados não são nenhuma novidade: não deixar água parada em pneus fora de uso, não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência, nas calhas, nas vasilhas que ficam abaixo dos vasos de plantas e manter tampados poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água.
Na lista dos cuidados também há um alerta para um péssimo hábito praticado por muitas pessoas: não jogue lixo na rua ou terreno baldio. Além disso, mantenha garrafas ou outros recipientes semelhantes, como latas, vasilhas e copos, armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo e a lata de lixo sempre bem fechada.
JOANICE DE DEUS é jornalista em Cuiabá
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