Uma lentidão jamais vista. Em 11 de setembro o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 10 políticos pelo esquema de mensalinho que o então governador Silval Barbosa pagaria a deputados estaduais para não atrapalharem a roubalheira em seu governo – roubalheira que ele admitiu em mea culpa e em delação premiada. O esquema se tornou de domínio público em agosto de 2017 com a exibição pela TV Globo de vídeos do recebimento de dinheiro por parlamentares e ex-parlamentares. O então deputado estadual Emanuel Pinheiro (MDB) agora prefeito reeleito de Cuiabá deixou cair uma pacoteira do bolso já abarrotado de seu paletó e a sabedoria popular o apelidou Paletó.
Mesmo com os videos e a delação de Silval reforçada pela de seu então chefe de Gabinete, Sílvio Corrêa – que entregava o dinheiro, o MPF demorou três anos e um mês para oferecer a denúncia, que foi aceita no dia seguinte, pelo juiz da 5ª Vara da Justiça Federal, Jeferson Schneider.
Desse triste episódio, 10 se tornaram réus e um morreu antes da denúncia, o ex-deputado estadual Hermínio Barreto, vítima de um acidente de carro na BR-364 próximo a Jaciara.
Réus:
Emanuel Pinheiro, Silval Barbosa, Sílvio Corrêa e os ex-deputados estaduais Baiano Filho, Luiz Marinho (irmão de Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa), Luciane Bezerra, Alexandre Cesar (procurador do Estado). Gilmar Fabris, Carlos Azambuja, Ezequiel Fonseca, Airton Português e José Domingos Fraga Filho (mandachuva funcional na Assembleia Legislativa e irmão do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios/AMM, Neurilan Fraga).
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Sobre imagem da TV Globo