O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, foi questionado e vaiado na audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 15, na Assembleia Legislativa, para discutir a decisão do governador democrata Mauro Mendes de fechar 16 delegacias da Polícia Civil em pequenas e médias cidades.
No pronunciamento que fez, Borges defendeu o fechamento das delegacias. Segundo ele, a cúpula da Segurança Pública teria lhe apresentado estudos técnicos sobre a situação. Acrescentou que o Tribunal de Justiça “e consequentemente o Ministério Público” estudam o fechamento de 14 comarcas. Argumentou que isso acontecer em razão da crise financeira no Estado, o que retarda (transferência do duodécimo) o pagamento aos poderes e órgãos.
Borges não deu detalhes sobre as delegacias, mas citou o estudo sobre fechamento de comarcas. Observou que (no Vale do São Lourenço) há três comarcas próximas uma das outras: Jaciara, Dom Aquino e Juscimeira, e que as três poderiam ser centralizadas em apenas uma.
A fala de Borges desagradou parte dos presentes. Um vereador gritou que ele fazia o jogo do governo. Vaias pipocaram num breve espaço de tempo. Após o pronunciamento o procurador permaneceu na audiência, mas não fez referência ao descontentamento com seu posicionamento.
Da Redação
FOTO: Arquivo MP