Brasília, 27 de agosto. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprova parecer favorável para Mato Grosso contrair um empréstimo de 80 milhões de dólares junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvlvimento (BIRD), com aval da União. A senadora Margareth Buzetti (PSD) relatou a proposta mato-grossense sendo favorável ao pedido; Buzetti foi acompanhada pela maioria, inclusive com o voto de Jayme Campos (União). O plenário dará a palavra final.
Cuiabá, 23 de julho. O governador Mauro Mendes (União) passou o rodo na cúpula da Secretaria Especial de Agricultura Familiar (Seaf) demitindo numa só canetada o secretário Luluca Ribeiro; o secretário-adjunto Clóvis Figueiredo Cardoso; o secretário-adjunto de Administração Sistêmica, Talvanny Neivert; a chefe de Gabinete, Aline Emmanuelle Rozendo; e o assessor Jurídico, Ricardo Antônio de Lamonica Pereira. Detalhe: todos do MDB e indicados pela deputada estadual Janaína Riva (MDB) secundada por outras figuras de seu partido.
Detalhe: a demissão em massa pegou de surpresa os meios políticos. Quando da canetada havia um clima político tenso entre Mauro Mendes e Janaína Riva, pois à época a deputada fazia campanha para ser presidente da Assembleia, e pelos textos postados nos sites o governante não aceitava a presença da parlamentar sequer na composição da mesa diretora, o que realmente aconteceu.
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Pai de Janaína Riva, o ex-deputado José Riva, réu confesso – em uma delação premiada – de um desfalque de 175 milhões nos cofres da Assembleia, trocou farpas com Mauro Mendes, na mídia, em defesa da filha.
A cúpula da Seaf caiu e Mauro Mendes nomeou a servidora de carreira Andreia Carolina Domingues Fujioka para o cargo aberto com a queda de Luluca Ribeiro.
COINCIDÊNCIA? – A derrubada coletiva da cúpula da Seaf aconteceu a um passo do pedido de empréstimo do governo estadual ao BIRD ser submetido à apreciação do Senado. O que estaria por trás disso?
Mauro Mendes não queria Janaína Riva controlando a Seaf com uma montanha de dinheiro para a agricultura familiar, o que poderia projetá-la politicamente?
Mauro Mendes não confiaria na lisura dos demitidos para gerir a montanha de dinheiro?