Emanuel Pinheiro que se cuide! O deputado federal, presidente regional do MDB e cacique Carlos Bezerra se entendeu com Mauro Mendes e esse lhe entregou de porteira fechada a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf). a entrega não foi ato de generosidade: ela será compensada com a radicalização de Bezerra contra seu correligionário e prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Pronto, 2022 está em curso.
O governador democrata Mauro Mendes quer o desmonte político de Emanuel, para limpar trilhos ao seu sonho de se reeleger em 2022. Para alcançar esse objetivo, nada melhor que o fatiamento do poder. Mauro e Bezerra já estavam juntos, com o cacique ocupando importantes cargos no governo, inclusive a titularidade da Seaf, com o suplente de deputado estadual emedebista Silvano Amaral. Bezerra sempre quer mais e jamais se furta em cumprir sua parte para chegar onde quer. Daí, Mauro e Bezerra bateram o martelo e a Seaf caiu no colo do cacique, que acaba de indicar – e Mauro nomear – Clóvis Ferreira Cardoso secretário-adjunto de Silvano.
Clóvis, sempre nomeado por Bezerra, foi superintendente do Incra em Mato Grosso e seu diretor de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento. No primeiro cargo esteve sob fogaréu de denúncias, que tradicionalmente resultam em nada. O afilhado do cacique também presidiu o MDB em Cuiabá.
Emanuel está mobilizando sites para defendê-lo e ao mesmo tempo denunciar Mauro. Acontece, que nem todos os órgãos de imprensa poderão atendê-lo plenamente, em razão de seus compromissos contratuais de mídia com o governo de Mauro. Porém, ao alinhavar a submissão de alguns sites, o prefeito – pelo menos neles – ficará livre da pecha do Paletó, aquela cena que faz até estátua ficar corada.
O circo está armado. As mídias seguramente serão generosas em ambos os bolsos. Em breve veremos a apresentação do Santo Paletó; de Mauro; e do mais importante sócio do poder estadual, o cacique e decano da política mato-grossense, Bezerra. Os três serão mostrados da forma mais melosa possível, pelos afortunados jornalistas destinários de gordas mídias voltadas para as devidas santificações; e serão escrachados pelo outro lado da moeda – literalmente moeda – que pede suas cabeças.
É a campanha eleitoral de 2022 em curso, pandemia à parte. Boa leitura pra quem gosta de abobrinhas.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Agência Câmara