PDT – Mesmo sem concorrente maestro Fabrício fica em segundo lugar

Fabrício: candidatura condicionada à vontade do governador

Sem aparente convicção o PDT de Cuiabá admitia que o maestro Fabrício Carvalho e o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva deveriam disputar a indicação  partidária para a disputa da prefeitura – caso não houvesse entendimento entre eles. Porém, Julier disse aos quatro cantos que está de malas e cuias para o PT, que foi seu partido na juventude e no qual militou. Restou o outro, mas antes de decidir internamente seu presidente regional e secretário de Cultura,  Esporte e Lazer, Allan Kardec, terá que beijar a mão do chefe e governador Mauro Mendes. Resumo: sem Julier, Fabrício está sozinho na pista, mas em razão das injunções ficará em segundo lugar.

Fabrício é uma aposta entre aspas do PDT para disputar a Prefeitura de Cuiabá. Com seis prefeitos, dos quais cinco podem disputar a reeleição, o partido não se descabela pelo maestro Fabrício, pois o pleito na capital passa pelo gabinete do democrata Mauro Mendes, que na verdade dará a palavra final sobre candidatura em seu arco de aliança – não se pode desconsiderar que a sigla de Leonel Brizola compartilha o poder com Mauro  Mendes, uma vez que o vice-governador Otaviano Pivetta é pedetista.

Paim tem apoio em Poxoréu

Nome o PDT tem: o maestro Fabrício, mas autonomia, não. O candidato do grupo governista ainda não está definido, mas certamente será alguém escolhido a dedo pelo governador. Uma dupla espera pela bênção do chefe: o presidente regional do DEM e suplente de senador Fábio Garcia; e o secretário estadual de Saúde e vereador por Cuiabá, licenciado, Gilberto Figueiredo (PSB).

Outras figuras até aparecem nas listas de prováveis, mas sem nenhuma consistência: o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (DEM) e do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM).  No momento Botelho navega em águas de calmarias, mas segundo analistas, tão logo inicie o processo sucessório municipal – caso seu nome esteja em disputa – sofreria ataques em razão da denúncia do Ministério Público contra ele e outras autoridades por um suposto rombo de R$ 30 mihões no Detran,

Kardec cumpre as regras do jogo

Kardec não deverá fugir das regras da sobrevivência grupal e seu PDT certamente será uma sigla a mais na sopinha de siglas da coligação controlada pelo governador. Restará a ele, defender os candidatos a vereador pelo partido em Cuiabá, e todas as candidaturas nos demais municípios.

PREFEITOS: Em 2016 o PDT elegeu seis prefeitos em Mato Grosso: Adriano Pivetta, em Nova Mutum; Nelson Paim, em Poxoréu; Eduardo Capistrano, em Diamantino; Daniel da Itaquerê, em Porto Alegre do Norte; Euclesio José Ferretto, em Santa Terezinha; e Rubens Roberto Rosa, o Rubão, em Nova Canaã do Norte.

Dos prefeitos eleitos em 2016, Adriano Pivetta é o único que não poderia disputar a prefeitura, por ser reeleito – cumpre o quarto mandato. Os demais aguardam o momento certo para entrarem em cena em busca de mais quatro anos no poder. Adriano é irmão do vice-governador e seu correligionário Otaviano Pivetta.

Daniel Rosa do Lago, o Daniel da Itaquerê, se elegeu com 37,69% dos votos. Rubão, com 59,99%; Paim, com 44,37%Capistrano, com 65,23%Euclesio, com 50,64%. e Adriano disputou em chapa única, consequentemente recebendo todos os votos válidos.

Todos os prefeitos do PDT são bem avaliados administrativamente. Do grupo, o município mais problemático é Poxoréu, que busca alternativa econômica após o fim do longo ciclo do garimpo de diamante. Paim tem apoio da Câmara e mesmo com um orçamento minguado consegue realizar importantes obras, inclusive concluindo várias deixadas por antecessores.

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS:

1 e 3 – Governo de Mato Grosso – Divulgação em site oficial

2 – blogdoeduardogomes em arquivo 

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