Por outro lado, a crítica gera muito medo de errar, que por sua vez promove estagnação e/ou passividade. Famílias que se baseiam nesse modelo costumam reproduzir indivíduos com baixa autoestima e que têm dificuldade de lidar com o novo e que possuem pouco empatia, ou seja, não sabem se colocar no lugar dos outros.
Uma ferramenta prática que nos treina atitudes de encorajamento é a gratidão, que é deixar de focalizar no que está faltando, em procurar por falhas, para notar as qualidades. Mas isso exige uma busca ativa para fazer diferente do que estamos acostumados. Estudos demonstram que focar na qualidade do outro estimula as crianças a serem mais felizes e com maior controle interno.
Como começar a praticar essa nova mentalidade? Primeiramente, por você. Observe uma qualidade por semana em seu filho e converse com ele (ou ela) sobre isso. Quando os desafios surgirem, ajuste a sua mentalidade para estimular a criança ao invés de tentar ‘consertá-la’.
Outra maneira interessante é usar as perguntas curiosas: ‘Como você acha que poderá resolver essa situação?; ou ‘Que superpoderes você gostaria de ter agora para lhe ajudar a consertar essa situação?’.
A disciplina positiva afirma que por meio de técnicas simples, mas reproduzidas de forma constante, é possível reescrever a própria história de infância. Que tal pensar sobre esta nova abordagem na educação dos seus filhos?
Gina Coelho, psicóloga, especialização em treinamento parental e desenvolvimento infanto-juvenil, facilitadora nas relações de educação e psicoeducação