Pois é, a nossa vaidade nos impede de enxergar a realidade que não nos agrada e preferimos continuar nos enganando. Será que enxergamos nós e o Brasil como realmente são, ou continuamos fugindo do espelho? Creio que o leitor tem esta resposta!
Talvez a palavra mais consentânea seja o fracasso. O nosso redondo e estrondoso fracasso que evitamos enxergar e vamos protelando a nossa cegueira “ad infinitum”.
Não seria o caso de olharmos no espelho e nos conscientizarmos da imagem que nele se reflete que não é de um galã, mas de um macaco. E a partir daí procurarmos uma solução ou um caminho? Ou vamos continuar ignorando o espelho e prosseguir fingindo que somos o que não somos?
A citação a seguir de Carlos Fuentes, no livro Adão no Éden, Porto Editora/2012, pag. 162, guardadas as devidas proporções, se aplica perfeitamente ao Brasil: “o México é um país apaixonado pelo fracasso, todos os revolucionários acabam mal, os contrarrevolucionários só disfarçam o fracasso, há uma falsidade enorme em tudo isto, cunhado, às vezes acreditamos que só a violência revolucionária nos salvará, às vezes que só a falsa paz contrarrevolucionária é a nossa saúde, vê o que se passa, usamos a violência sem revolução, a paz sem segurança, a democracia com violência, é o círculo vicioso, Adão como saímos dele?”
P.S – Se Thomas Edison tivesse acreditado em fracasso … nós ainda estaríamos vivendo na escuridão. Se Henry Ford tivesse desistido, nós ainda estaríamos nos locomovendo a cavalo … Se Alexander Graham Bell tivesse se rendido ao fracasso, gastaríamos menos tempo olhando para essas pequenas coisas de plástico, que chamamos de celulares)….” (Jader Meneses – 20 Citações sobre o fracasso que vão a inspirá-lo ter sucesso – Internet).
Renato Gomes Nery – advogado em Cuiabá e ex-presidente da OAB/MT
rgnery@terra.com.br