Com cara de menino pego fazendo travessura. Assim ficou o deputado estadual petista Lúdio Cabral no começo de nossa conversa no estúdio da Rádio Assembleia, logo após sua fala àquela emissora. Isso no final da manhã desta quinta-feira, 13, quando lhe perguntei: você será candidato ao Senado na eleição suplementar?. Lúdio deu um passo atrás, fechou a cara, mas segundos depois esboçou um sorriso, que dispensa bola de cristal para ser entendido como sim.
Perguntei ao deputado se o Partido dos Trabalhadores teria chance de eleger senador ou senadora para a vaga aberta com a cassação de Selma Arruda (PODE), por crimes de abuso de poder econômico e caixa 2. Sim – respondeu, acrescentando que mesmo a eleição estando tão próxima (26 de abril) ainda há um longo caminho a ser percorrido para a composição de uma chapa partidária (do PT) ou coligada.
Observei que o nome dele figura entre os pré-candidatos. Acrescentei num questionamento: sua participação no governo peemedebista de Silval Barbosa e a chapa que você formou com a então deputada estadual Teté Bezerra (PMDB – agora MDB) ao Paiaguás em 2014 não poderiam atrapalhar sua eventual candidatura? Sem repetir a cara de menino pego fazendo travessura, mas com naturalidade o deputado respondeu que nunca integrou o governo de Silval (2010/14) e que apenas atuou enquanto médico da rede publica no período em que Silval governou Mato Grosso, assim como o fez antes e depois, pois sua função é de funcionário de carreira. Quanto a aliança com o PMDB em 2014 Lúdio argumentou que havia diretriz nacional para que o PT preferencialmente se coligasse ao PMDB nas disputas aos governos, em razão da composição no governo federal, com a dobradinha entre a presidente (ela a chama de presidenta) Dilma Rousseff e o vice Michel Temer.
Ainda sobre a dobradinha com Teté, Lúdio acrescentou que o PT era cabeça de chapa, que o PMDB tinha forte presença eleitoral e bom tempo no horário eleitoral do rádio e TV.
Sobre a possibilidade de ser candidato, Lúdio ponderou que a decisão cabe ao partido e que há outros nomes cogitados. O deputado evitou comentar sobre os pré-candidatos do seu e dos outros partidos.
Arrematei nossa conversa: Lúdio, de zero a 100, como você avaliaria sua pré-candidatura? Também com naturalidade o deputado respondeu que ainda não existe questão fechada sobre sua pré-candidatura. Insisti na avaliação, e ele com um largo sorriso citou descontraído: 13 – acrescentando que esse é o número do PT: “Sou petista acima de tudo, com ou sem disputa ao Senado e isso me basta. Quanto a avaliação, em breve o tempo responderá, pois faltam apenas 73 dias para o pleito”.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Karen Malagoli em arquivo no site público da Assembleia Legislativa de Mato Grosso