Emanuel Pinheiro foi detalhista ao citar obras e planos de sua administração. Quase ao término de sua participação, o repórter lhe fez uma pergunta que ficou sem resposta. O jornalista quis saber se ele iria ou não à CPI do Paletó na Câmara Municipal, caso seja convidado para ser ouvido. Argumentando que não pratica futurologia, o prefeito desconversou, acrescentou que não interfere na CPI e que respeita o princípio da autonomia dos poderes. O entrevistador insistiu, mas Emanuel Pinheiro saiu pela tangente ponderando que o foro para julgamento é a Justiça, na qual – segundo ele – confia.
Nas entrelinhas Emanuel Pinheiro desqualificou a CPI ao afirmar que o caso Paletó será tratado por ele exclusivamente na esfera judicial. A Câmara tem prerrogativa para investigar e, se o resultado da investigação apontar que o prefeito deve ser cassado, pode fazê-lo.
Ir à CPI, no entendimento de analistas políticos, além de oportunidade para a apresentação de sua versão, seria oportunidade para o prefeito participar de um contraditório com os poucos vereadores que lhe fazem oposição, o que lançaria luzes sobre as trevas que teimam em esconder o caso Paletó, revelado em agosto de 2017 por uma reportagem do Fantástico da Rede Globo.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Sobre imagem da TV Centro América