Na Assembleia Legislativa Romoaldo cai para cima

Romoaldo é apadrinhado

Romoaldo Júnior (MDB) caiu para cima. Derrotado na tentativa de reeleição para deputado estadual e cercado por todos os lados por investigações do Ministério Público, Romoaldo ganha fôlego graças ao apadrinhamento do deputado federal Carlos Bezerra, que é o cacique de seu partido. Bezerra articulou com o governador democrata Mauro Mendes, e Romoaldo, além de continuar na Assembleia, ganhou um mimo familiar: seu mano Juliano Boraczynski foi nomeado presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), que estava na bica para ser extinta por Mauro.

Não se se trata de golpe de estado a permanência do derrotado Romoaldo na Assembleia. É pura e simplesmente a ocupação de uma vaga por suplente, no caso ele. Atendendo Bezerra, Mauro deu a Secretaria de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer para o deputado pedetista reeleito Allan Kardec. Com a saida de Kardec do plenário, quem assume é o apadrinhado Romoaldo.

Kardec e Romoaldo disputaram pela mesma coligação, que era engrossada pelo DEM, PSC, PMB e PSD. Kardec cravou 18.627 votos. Romoaldo, 18.467.

A sorte de Romoaldo vai além do cargo na Assembleia. Ele é aposentado com salário de deputado. A aposentadoria é fruto da generosidade do Fundo de Assistência Parlamentar (FAP).

Mas, nem tudo são flores para Romoaldo. Dentre outros problemas ele convive com a denúncia do ex-deputado estadual José Riva, que o acusou de receber mensalinho na Assembleia, quando Riva a presidia. O Ministério Público o acusa de pertencer a organização criminosa que teria desviado mais de R$ 30 milhões do Detran. E seu ex-chefe de gabinete, Francisvaldo Mendes Pacheco, foi preso acusado de formação de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Da Redação 

FOTO: JL Siqueira – Secretaria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa

 

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