Mais um. Ministério Público e governo estadual criaram novo grupo de combate ao colarinho branco – dessa vez voltado para a turma do foro privilegiado que não perdoa os cofres públicos. Deve se chamar Caça Corruptos.
Oficialmente o nome da entidade que brotou nesta segunda-feira, 15, de um termo de cooperação técnica do Paiaguás com o MP é Grupo Operacional Permanente – com validade por 60 meses ou cinco anos.
Sua meta é planejar e desencadear ações preventivas e repressivas visando botar as mãos em corruptos com prerrogativas de função – o manjado foro privilegiado.
Dois corpos não conseguem ocupar o mesmo lugar no espaço no mesmo tempo. Ou seja, o Caça Corruptos atuará numa área onde o Grupo Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) há algum tempo dá show de eficiência, isenção e apresenta saldo positivo.
A formação do Caça Corruptos será a mesma do Gaeco: membros do MP e policiais estaduais. Mais um detalhe: também será bancado pelo contribuinte.
Com Mato Grosso oficialmente em estado de calamidade financeira – segundo decreto do governador democrata Mauro Mendes – e o Estado fechando delegacias de Polícia enquanto MP e Judiciário concluem estudo para a desativação de 16 comarcas, o Caça Corruptos nasce na contramão do discurso de Mauro Mendes, do desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha (presidente do Tribunal de Justiça) e do procurador geral José Antônio Borges (chefe do MP). A menos que o nascimento do Caça Corruptos implique na morte do Gaeco.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Mayke Toscano – Governo de Mato Grosso