Estadista e estrategista, Couto Magalhães fundou Várzea Grande para ser um campo de prisioneiros no período da guerra com o Paraguai. Na mesma época mandou construir navios em Cuiabá, os desmontou, botou em lombos de burros e carroções, e os enviou para Araguaiana, para serem novamente montados e lançados ao rio Araguaia – para buscar combatentes no Pará e Maranhão. Uma de suas metas era a construção de uma rodovia ligando Cuiabá a Santarém, para permitir o escoamento de riquezas minerais rumo a Europa, pelo rio Amazonas.
A fundação de Várzea Grande data de 15 de maio de 1867. Sua área pertencia ao povo Guaná, que a recebeu em doação do Império. A guerra dos países da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com o Paraguai se estendeu de 27 de dezembro de 1864 a 8 de abril de 1970.
Com o fim da guerra, os ex-prisioneiros se juntaram aos moradores e vaqueiros da região. Várzea Grande ganhava contornos urbanos, mas o grande salto aconteceu em 1892, quando a comunidade inaugurou a Igreja Nossa Senhora da Guia, cuja construção começou dois anos antes, sob a liderança de Sebastião dos Anjos e Elesbão Pinto.
O Brigadeiro José Vieira Couto de Magalhães era mineiro de Diamantina. Nasceu em 1º de novembro de 1837. Governou Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Pará. Foi militar, etnólogo, escritor e foclorista. Morreu no Rio de Janeiro em 14 de setembro de 1898, aos 61 anos, vítima de sífilis.
Na região do Vale do Araguaia um dos formadores do rio Xingu se chama rio Couto Magalhães. Em Campinápolis o distrito de São José do Couto lhe rende homenagem.
HOJE
Transcorridos 152 da fundação Várzea Grande tem 282.009 habitantes. É a sétima maior cidade do Centro-Oeste, incluindo as quatro capitais. Seu Produto Interno Bruto (PIB) é de R$ 7.309.242,91 e sua renda per capita de R$ 26.973,68.
PS – Páginas 6 e 7 da Revista MTAqui edição 114 – maio 2018 – Temática sobre os 152 anos de Várzea Grande