Mauro Mendes não convoca agentes penitenciários aprovados em concurso

Manifestação diante do Palácio Paiaguás

Com um olho no calendário e outro no bolso, aprovados no concurso público para agente penitenciário protestaram na tarde desta terça-feira, 26, defronte o Palácio Paiaguás.

O primeiro olho dos manifestantes fica atento ao passar dos dias, pois em 12 de fevereiro do próximo ano, o concurso que os aprovou deixa de vigorar; o segundo se assusta com a falta de dinheiro para as despesas básicas, uma vez que mesmo servidores concursados nada recebem por conta da birra do governo que não os convoca.

O concurso aberto em 2016 e concluído um ano depois previa a lotação de 1.200 aprovados, todos com nível universitário, mas até agora, somente 184 foram convocados. Os demais estão a ver navios. A legislação prevê a vigência do concurso – para efeito de convocação – em dois anos. Em fevereiro de 2020 esse prazo termina e, se o governo não os empossar, a vaca vai pro brejo.

Em desespero e sabedores da insensibilidade do governador democrata Mauro Mendes, aprovados pedem a prorrogação da validade do concurso. “Dos males, o menor”, disse um manifestante. Apesar do chororô, Mauro Mendes nem fede nem cheira.

CAOS – O sistema penitenciário mato-grossense tem uma população flutuante de 12 mil reeducandos.  O número de agentes prisionais está empacado em 1.700. Na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, são 2.440 atrás das grades e 40 agentes por turno, incluindo o pessoal burocrático. Também na capital, no Centro de Ressocialização (CRC), 900 estão trancafiados e apenas 11 agentes por turno fazem sua guarda interna.

Manifestantes avaliam que se o governo convocasse os aprovados, ainda em etapas, o cenário melhoraria. O governador e sua base de sustentação na Assembleia Legislativa se fazem de mortos.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: blogdoeduardogomes em 26 de novembro de 2019

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