Mauro Mendes diz “não” e “não” a Rondonópolis

Em silêncio deputados ouvem Mauro Mendes dizer “não” e “não” a Rondonópolis

“Não” e “Não”. Essas foram as duas respostas do governador democrata Mauro Mendes a igual número de pedidos por parte de Rondonópolis.

O saco sem fundos Santa Casa

Com o primeiro “não” Mauro Mendes descartou a possibilidade de estadualização da Santa Casa de Misericórdia e Maternidade, nos moldes do que seu governo fez em Cuiabá, ao transformar em Hospital Estadual a Santa Casa.

O outro  “não” foi na área de infraestrutura: o governante alegou que Mato Grosso não tem recursos para pavimentar os acessos e fazer os encabeçamentos da ponte com 250 metros na avenida W-11, sobre o rio Vermelho, ligando a cidade a BR-364.

O anel viário (à esquerda e à direita)

Mauro Mendes esteve em Rondonópolis na quinta-feira, 12, onde assinou a ordem de serviço para restauração do Anel Viário Conrado Salles de Brito, com 16 quilômetros de extensão ligando as rodovias federais 163/364 com as estaduais MT-130 e MT-270.

A assinatura da ordem abre passagem para a obra de revitalização que antes mesmo de começar o governo estadual conseguiu a proeza de aumentá-la em R$ 650 mil, saltando de R$ 7,033 milhões inicialmente previstos para R$ 7,683 milhões. 

“Não” pra lá e pra cá

A Santa Casa está encalacrada em dívidas. Seriam mais de R$ 24 milhões. Aquele hospital parece saco sem fundos. Recebe do SUS por serviços prestados, conta com repasses do governo estadual, sempre embolsa polpudas emendas parlamentares federais e esstaduais, e até mesmo do destemperado prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) consegue alguns caraminguás.

Há muito vivendo na corda bamba, a Santa Casa precisa de um choque de gestão e, segundo analistas, nada melhor do que sua estadualização, mas Mauro Mendes tirou o corpo fora na presença dos deputados estaduais  Delegado Claudinei (PSL), Nininho (PSD), Sebastião Rezende (PSC) e Thiago Silva (MDB), residentes em Rondonópolis e que compõem sua base parlamentar – e nenhum o questionou.

W-11 é um caso de irresponsabilidade administrativa do ex-governador Pedro Taques, que foi eleito com apoio de Mauro Mendes, que foi figura influente naquele governo, até o começo da temporada de caça ao voto neste ano. Taques autorizou a construção de uma ponte com 250 metros de extensão sobre o rio Vermelho, pra criar mais uma opção de ligação da cidade com a BR-364, mas o fez desafiando a lógica a engenharia: ergueu a ponte, mas esqueceu-se de seu encabeçamento e acesso. Trata-se do primeiro caso de Ponte-ilha que se tem notícia no Brasil.

Mauro Mendes escafedeu-se ao ser cobrado para resolver o problema da ponte. Ao invés de determinar de imediato a conclusão da obra em sua amplitude, preferiu criticar seu antigo aliado Taques.

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS:

1 – Marcos Vergueiro – foto pública do Governo de Mato Grosso

2 – blogdoeduardogomes

3 – Rodolfo Perdigão – foto pública do Governo de Mato Grosso

 

 

manchete