Mato Grosso não reconhece a figura de Juruna

Líder indígena Xavante, Mário Juruna caiu como luva para Leonel Brizola, que anistiado, voltava do exílio e tentava se eleger governador do Rio de Janeiro pelo PDT nos braços do populismo, o que conseguiu. Brizola o lançou candidato a deputado federal por seu partido. O Rio deu o mandato a ele em 1982.

Juruna ficou famoso nacionalmente por andar com um gravador – novidade tecnológica à época – e gravar compromissos de políticos, que nunca eram cumpridos.

Nascido em 3 de setembro de 1943 na reserva indígena São Marcos, perto de Barra do Garças, Juruna morreu na noite de 17 de julho de 2002, aos 62 anos, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, onde morava, vítima de complicações renais e pneumonia em decorrência do diabetes.

Juruna saiu da aldeia, entrou na política e chegou ao folclore. Indivíduos com biótipo parecido com o dele, invariavelmente são apelidados com seu nome.

Indiferente a Juruna, que foi o primeiro índio eleito para o Congresso Nacional, Mato Grosso não reverencia sua memória. Foi jogado na galeria do esquecimento.

Da Redação

FOTO: Agência Câmara