Mato Grosso tem déficit de 13 unidades de terapia intensivas (UTIs) para cada grupo de 100 mil habitantes, em período fora de pandemia. Isso significa que existem 595 UTIs nas redes pública e privada, e que a caréncia é de 455 UTIs. Isso é o que aponta nesta sexta-feira, um levantamento estatístico do IBGE feito com colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com base em dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (DataSus), com números de 2019. O estudo tem abrangência nacional e inclui números de respiradores, médicos e enfermeiros.
A população mato-grossense é de 3,5 milhões de habitantes e o Estado conta com apenas 595 UTIs, que além de poucas, se concentram em algumas cidades a exemplo de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Barra do Garças deixando mais de 120 dos 141 municípios sem um leito sequer de UTI. A Organização Mundial de Saúde(OMS) recomenda a manutenção de três UTIs para cada grupo de 10 mil moradores – ou 35 para 100 mil – fora de períodos de pandemia.
Mato Grosso tem 1.330 respiradores mecânicos, ou 38 para cada grupo de 100 mil habitantes. Para igual número de cidadãos há 148 médicos em atividade e 123 enfermeiros. Para a OMS são necessários 80 médicos intensivistas para esse conjunto populacional, fora de pandemia.
O levantamento não inclui números de 2020. Acredita-se que houve pequeno aumento na oferta de UTIs e respiradores mecânicos, mas que o quadro dos profissionais de saúde sofreu redução por contaminação de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, maqueiros, motoristas de ambulâncias e outras categorias que atuam na linha de frente contra o novo coronavírus.
O governador democrata Mauro Mendes não se pronunciou sobre os números do IBGE.
Redação blogdoeduardogomes com números do IBGE
FOTO: Meramente ilustrativa de UTI