Oficialmente uma chapa ao Senado. Na verdade, a coalização das forças políticas mais conservadoras e antigas de Mato Grosso. Com Nilson Leitão (PSDB) na titularidade; Júlio Campos (DEM), na primeira suplência; e Zé Márcio Guedes (PR) segundo suplente, o mato-grossense poderá optar por essa aliança ou rejeitá-las nas urnas.
Leitão foi vereador e duas vezes prefeito de Sinop, deputado estadual e deputado federal. Representa o rescaldo político do grupo do tucano Dante de Oliveira, que no passado, por algum tempo, dominou Mato Grosso. Com a morte de Dante o grupo sobrevive com sua viúva Thelma de Oliveira, prefeita de Chapada dos Guimarães; Leitão; os deputados estaduais Carlos Avallone e Wilson Santos; o marqueteiro Antero Paes de Barros; o ex-deputado e ex-prefeito de Tangará da Serra, Saturnino Masson; e figuras da arraia-miúda.
Zé Márcio Guedes tem pouca experiência em urnas. Por duas vezes foi vereador por Rondonópolis. Porém, no campo administrativo atua com desenvoltura, a exemplo do que demonstrou quando secretário-adjunto do governador Silval Barbosa, na Sinfra, a secretaria que executava o programa rodoviário MT Integrado, de triste memória pelos escândalos protagonizados em muitas de suas obras. Mais: sobre a coalização Zé Márcio é assessor do senador republicano Wellington Fagundes, que o indicou ao cargo com Silval e na suplência de Leitão.
BEZERRA – Mato Grosso tem quatro grupos políticos considerados oligárquicos. Além desses três ora citados, há o MDB controlado por mão de ferro desde tempos imemoriais pelo deputado federal Carlos Bezerra, mas essa coalizão não leva as digitais do cacique emedebista.
Regionalmente Leitão, Júlio e Zé Márcio representam o Nortão, a região metropolitana de Cuiabá e o polo de Rondonópolis, respectivamente. O Vale do Araguaia – como sempre -, a faixa de fronteira e o Chapadão do Parecis foram jogados para escanteio.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Assessoria de campanha de Nilson Leitão