“Obsoleto e desnecessário“. É assim que o presidente do Detran, Gustavo Reis Lobo de Vasconcelos, vê o OCR, equipamento eletrônico que foi utilizado pelo Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário da Polícia Militar e a Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) para identificação instantânea e simultânea de dezenas de placas de veículos em movimento. Vasconcelos além de desqualificar o equipamento, determinou procedimento para rescisão contratual de dois desses equipamentos, que foram locados em 2017 pelo Detran, mas estão desativados.
Vasconcelos também acha desnecessário o OCR uma vez que a Secretaria de Segurança Pública tem câmeras de monitoramento espalhadas pelas principais vias de Cuiabá, e a prefeitura também as tem.
Em blitz o OCR dinamiza o trabalho de investigação, pois identifica instantaneamente se o veículo é furtado ou roubado ou ainda se tem restrição de uso. Sem OCR aumenta o trabalho dos efetivos nas blitze e demora mais o tempo de liberação do motorista abordado.
A desqualificação e a rescisão foram repassados pela assessoria de Imprensa do Detran, após ouvir Vasconcelos. Tanto o Batalhão de Trânsito quanto a Deletran foram comunicados para devolverem os esquipamentos. OCR (na sigla em inglês) é um aparelho eletrônico que faz leitura de placas alfanuméricas de veículos.
Em maio de 2017 o Detran locou dois OCR, mas após uma blitz na MT-010 próxima ao acesso a condomínios de luxo, a exemplo do Florais Cuiabá, uma estranha ordem do Palácio Paiaguás mandou recolher os dois equipamentos – um era operado pelo Batalhão de Trânsito e outro pela Deletran. Nunca mais a ordem foi revertida.
Em dezembro do ano passado, diante do calote na locação de viaturas a serviço do governo de Mato Grosso, a empresa dona das mesmas mandou recolhê-las. Temendo que o OCR também fosse retido na garagem da locadora, as duas instituições policiais os retiraram de suas viaturas.
No domingo, 24, blogdoeduardogomes antecipou que o Detran rescindiria o contrato de locação de OCR, o que se confirma agora. A assessoria de Vasconcelos confirmou que o custo mensal da locação é de R$ 40 mil (R$ 20 mil para cada equipamento). Disse também que não haverá multa pela rescisão contratual.
Redação
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Arquivo Secretaria de Comunicação de Mato Grosso – Ilustrativa