Escolas estaduais em Mato Grosso baixaram as portas nesta terça-feira, 7. A razão? O crônico atraso nos repasses financeiros do Projeto Político Pedagógico (PPP) e do Programa de Desenvolvimento da Escola (PDE) por parte da Secretaria de Educação (Seduc). Esses programas destinam-se ao custeio e manutenção das 766 escolas nos 141 municípios.
Além do fechamento, diretores e professores protestaram diante do Palácio Paiaguás.
O protesto foi um alerta de 24 horas. Na quarta-feira, 8, as escolas voltam à atividade normal.
A Seduc admite o atraso e assegura que quitará a pendência na próxima segunda-feira. Por cada matrícula a escola recebe R$ 68 e esse recurso é destinado a reparos emergenciais como troca de lâmpada ou de torneira, substituição de vidro quebrado etc.
O compromisso da Seduc não entusiasma os diretores, que já estão calejados com esse tipo de promessa.
Além do atraso nos repasses dos dois programas, há outro tipo de cobrança e essa não pode esperar: o repasse para a merenda escolar, pelo Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), que segundo o presidente do presidente do Colegiado de Diretores de Cuiabá e Vale do Rio Cuiabá (CDC), professor Dimas Antônio Gino, “chegou a uma situação insustentável”. Dimas também é diretor da Escola Estadual Ulisses Cuiabano, em Cuiabá.
Também sobre o Pnae a Seduc dá a mão à palmatória pelo atraso, mas promete quitar o mês de julho na segunda-feira, 13
Caso a Seduc não cumpra o compromisso de fazer os repasses na data anunciada, diretores tomarão outras medidas, dentre as quais não se pode descartar a deflagração de greve geral por tempo indeterminado.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
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