Pedro Henry condenado
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STT) pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro no escândalo do Mensalão, o deputado federal Pedro Henry (PP) renunciou ao cargo em 13 de dezembro de 2013 e se apresentou à Polícia Federal em Brasília, para iniciar o cumprimento da pena de 7 anos e 2 meses que lhe foi aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação do Mensalão.
Pedro Henry é médico e mora em Cáceres – principal cidade da fronteira – onde foi vice-prefeito. Sua cadeira foi ocupada pelo suplente Roberto Dorner (PSD) de Sinop, no Nortão.
Nas últimas eleições Pedro Henry dominou a região de fronteira. Em 2010 conquistou mais um mandato de deputado federal e foi decisivo na eleição de três deputados estaduais pelo PP e moradores em sua área de influência: Ezequiel Fonseca, de Reserva do Cabaçal; Airton Português, de Araputanga; e Antonio Azambuja, de Pontes e Lacerda. Além disso, em seu reduto político carregou a campanha pela reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB), que tinha em sua chapa o vice Chico Daltro (PP).
Os ministros o condenaram por recebimento de R$ 2,9 milhões do PT, em troca de apoio do PP aos projetos do presidente Lula da Silva, quando de seu primeiro mandato. Os ventos que sopravam em Brasília influenciariam na hora do voto de Pedro Henry.
Em 22 de março de 2016 Pedro Henry recebeu o perdão da pena. A decisão foi proferida pelo ministro Luís Roberto Barroso, que foi o relator da Ação Penal 470 conhecida como Mensalão.
FOTO: Agência Câmara
Prefeitos sanguessugas
No escândalo Sanguessuga que se tornou público em 2006 quando a Polícia Federal desencadeou a Operação Máfia das Ambulâncias, atingiu vários políticos da Fronteira e do Chapadão do Parecis.
Esse escândalo consistia na compra superfaturada de ambulâncias e unidades móveis de saúde por prefeituras por meio de recursos provenientes de emendss parlamentares federais. As vendas eram efetuadas pela empresa Planam, em Cuiabá, que montava as ambulâncias num galpão na capital mato-grossense. Prefeitos de praticamente todos os estados e dezenas de deputados federais e senadores foram apontados como operadores desse esquema que foi um dos maiores golpes aos cofres da saúde pública nacional.
Da região foram envolvidos prefeitos e ex-prefeitos. O caso foi providencialmente abafado e permanece como uma grande sujeira mantida sob o tapete.
Dos acusados de participação, os à época prefeitos e ex-prefeitos na região, Jesur Cassol (Campo Novo do Parecis), Ezequiel Fonseca (Reserva do Cabaçal), Cidinho dos Santos (Nova Marilândia), Roberto Carlos Barbosa (Glória D’Oeste); Lourival Carrasco (Mirassol D’Oeste), Nelci Capitani (Colniza); Marcelo Alonso (Nova Maringá); Gilberto Siebert (Cotriguaçu); Isolete Corrêa (Brasnorte) e José Miguel (Rio Branco).
Todos os acusados negam participação no esquema.
FOTO: Facebook de Nelci Capitani
Canarinho cassado em Aripuanã
Adir Vieira Ferreira (PL) é o novo prefeito de Aripuanã. Adir foi empossado na manhã da sexta-feira, 26 de junho, pela Câmara Municipal, que na noite anterior cassou o mandato do então prefeito Jonas Canarinho (PSL), por uma série de crimes de improbidade administrativa.
Em 2016 Adir foi eleito vice-prefeito na chapa encabeçada por Canarinho. Em 6 de abril deste ano a Câmara afastou o prefeito por 90 dias, pra que o mesmo não interferisse nos trabalhos de uma Comissão Processante instalada pela Câmara, para apurar suposta prática de crimes de improbidade administrativa por ele. Essa Comissão, presidida por Valdecy Vieira (PSC) acolheu o parecer de seu relator, Audison Lima (PSB) e levou ao plenário pra votação o pedido de afastamento por 90 dias. Nove dos 11 vereadores votaram pelo bota-fora de Canarinho, que recorreu à Justiça.
Em nome da Câmara, Valdecy saúda o novo prefeito
Transcorridos nove dias do bota-fora, o juiz de Aripuanã, Fábio Petengill, acolheu parcialmente a defesa de Canarinho, lhe devolvendo o cargo, sem entrar no mérito das denúncias contra ele, mas pela forma como se instalou e procedeu a Comissão Processante.
A Câmara entrou em cena novamente, observando o rito para cassação de mandato, e na noite de ontem, fez aquele que pode ser o bota-fora definitivo em Canarinho. Na sequência deu posse a Adir, numa cerimônia protocolar, sem participação popular por conta da pandemia do novo coronavírus, que assola Aripuanã e os demais municípios mato-grossensenses
O novo prefeito foi saudado por Valdecy Vieira. Por telefone o verador disse acreditar que Aripuanã reencontrará a normalidade administrativa, até então abalada por alguns atos de Canarinho na prefeitura. Acrescentou que a Câmara dará apoio a Adir, pra que o mesmo conclua o mandato da forma mais harmoniosa possível.
.CANARINHO – O ex-prefeito Canarinho é secretário-geral da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), função essa que não exige que o ocupante seja prefeito. O presidente da entidade, Neurilan Fraga (PL) também não é prefeito, e o mesmo acontece com o tesoureiro da entidade, Marcos de Sá (PSB), que renunciou ao mandato de prefeito de Santa Cruz do Xingu, em 2 deste setembro, para assumir a presidência da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) .
MIRASSOL D’OESTE – O prefeito Elias Leal (PSD) foi cassado ao ser alcançado pela Lei da Ficha Limpa por força de uma condenação colegiada; em eleição suplementar realizada em 17 de novembro de 2017 Euclides Paixão (PP) se elegeu prefeito.
LAMBARI D’OESTE – Em 18 de dezembro de 2019 0 prefeito Edvaldo Alves dos Santos (PSB) foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos – o presidente da Câmara, Josivan Medeiros, o Dandan (PL) assumiu o município.
FOTOS:
1 e 2 – Câmara Municipal de Aripuanã
3 – blogdoeduardogomes