Morei por alguns anos na amada Cuiabá. Quase todos os dias passava pelo Rio Cuiabá e o olhava com medo que o Rio Paraguai na minha terra, Cáceres, ficasse poluído da mesma forma.
Hoje, com a seca e as queimadas, tirei um dia para percorrer o Rio Paraguai com minha filha.
Olhamos as descargas de esgoto na Baia de Cáceres, na orla, no centro da cidade e descemos e subimos o rio para avaliar o volume de água e poluição.
Concluímos que graças a Deus, ainda dá tempo de evitar o que aconteceu com o Rio Cuiabá.
Como a cidade é pequena, é possível fazer a rede, captação e tratamento do esgoto e outros rejeitos que são lançados atualmente no Rio Paraguai.
Inclusive a própria prefeitura, com aval da Câmara de Vereares, aprovou um empréstimo de R$ 129 milhões para executar a obra.
O processo de captação do recurso está em andamento e se for concluído, será o maior legado da gestão do empresário Francis Mas Cruz.
Porém, se não der certo, há alternativa.
A aprovação do marco regulatório do saneamento pelo congresso nacional e a sansão pela presidência da republica, literalmente, tirou do poder publico a gestão do saneamento no Brasil e estabeleceu um prazo de vinte anos para que o problema seja resolvido no Pais.
Chuenlay da Silva Marques (Gonzaga JR) é jornalista, acadêmico de Direto e fundador e editor do www.jornaloeste.com.br com sede em Cáceres