“Me dói muito que nos tenham levado ao enfrentamento. Enviei minha renúncia para a Assembleia Legislativa Plurinacional”, afirmou.
O vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a sua renúncia. Nas últimas horas, ao menos três ministros também entregaram seus cargos.
Neste domingo, a Organização de Estados Americanos (OEA) disse que houve irregularidades nas eleições ocorridas no último dia 20 de outubro e recomendou que fosse realizado um outro pleito.
Pouco mais tarde, os chefes das Forças Armadas e da Polícia, além da oposição, haviam pedido que o agora ex-presidente deixasse o cargo para “pacificar” o país.
Ainda não se sabe a data, como será a nova eleição e se Evo Morales vai ser um dos candidatos.
MATO GROSSO – A Bolívia tem uma fronteira com 983 quilômetros com Mato Grosso, nos municípios de Poconé, Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e Comodoro, Nessa extensão, 730 quilômetros são demarcados em solo seco.
A movimentação comercial bilateral Brasíl-Bolívia é insignificante. Com Mato Grosso o país andino faz o chamado mercado forminguinha, mas fornece o gás natural para a usina Mário Covas em Cuiabá. Cáceres, a principal cidade mato-grossense na fronteira, tem forte ligação com bolivianos. Parte da população carcerária feminina cacerense é formada por bolivianas que são utilizadas enquanto mulas pelo narcotráfico. Bolivianos são atendidos pela Saúde Pública em Cáceres.
Há alguns dias, um bloqueio do lado boliviano na ligação Cáceres e a cidade de San Matias, impede a passagem de veículos. Com a renúncia de Evo, essa barreira poderá ser desativada.
Redação blogdoeduardogomes com Spunik Brasil
FOTO: Carlos Garcia Rawlins – Reuters distribuída por Sputnik Brasil