Em Alta Floresta não há UTI para paciente com coronavírus e sobra recurso para pagamento de Verba Indenizatória (VI) de vereador. O município que é polo regional de saúde na divisa com Pará e Amazonas vê a população desamparada em meio à pandemia, mas sua Câmara Municipal não enfrenta o problema orçamentário que impede a instalação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) e desembolsa em um mês duas VIs – uma, imoral, mas legal, e outra como se fosse um mimo financeiro ou adiantamento para cobrir eventuais necessidades de vereador.
Esse fato gravíssimo do pagamento da VI mensal e da antecipação de outra, no mesmo mês, resulta em ação judicial para tentar barra essa prática que acontece na Câmara presidida por Emerson Machado (MDB). Moradores denunciam que ao menos o presidente e seus colegas e correligionários Marcos Menin, José Aparecido, José Valdeci (o Mendonça) e Luiz Carlos teriam embolsado neste ano, em alguns meses, duas VIs. Ñão se trata de pagamento em dobro, mas da quitação de uma e da antecipação de outra.
A Câmara estabelece que a VI será paga no quinto dia útil do mês subsequente ao exercício mensal do gasto, até o montante de R$ 5.500. Porém, em Alta Floresta, prevalece o compadrio e a dinheirama chega ao bolso do vereador tão logo ele se sinta apertado financeiramente – negócio de pai para filho.
Vereador em Alta Floresta recebe R$4.950 de salário, com direito ao 13º e tem o mimo da VI de R4 5.500.
blogdoeduardogomes tentou contato com a Câmara de Alta Floresta, mas em razão da pandemia as câmaras municipais estão praticamente ás moscas, com servidores trabalhando em casa e até realizando sessões remotas.
CORONAVÍRUS – No boletim epidemiológico de ontem, 1º de julho, Alta Floresta figura com cinco mortes e 158 infectados pelo coronavírus. A UTI mais próxima para pacientes com a doença fica em Sinop, distante 370 quilômetros.
Redação blogdoeduardogomes
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