A ligação entre as duas cidades, na extensão de 210 quilômetros, era considerada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) o trecho com o maior índice de colisões frontais no Brasil, o que resultou no macabro título de Corredor da Morte.
Esse trecho integra a concessão de 850, 9 quilômetros do governo federal, por 30 anos, a contar de 21 de março de 2014, a Rota do Oeste, empresa da Odebrecht TransPort, do Grupo Odebrecht, de rio Correntes, município de Itiquira, divisa com Mato Grosso do Sul, ao trevo com a MT-220 em Sinop, cruzando as cidades de Rondonópolis, Juscimeira, São Pedro da Cipa, Jaciara, Cuiabá, Várzea Grande, Rosário Oeste, Nobres, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop.
A rodovia é pedagiada. A Rota do Oeste a recebeu com parte duplicada e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) continuou a duplicá-la entre Cuiabá e Rondonópolis, com a maior parte do trecho em pavimento rígido.
Uma das cláusulas da concessão estabelece que a Rota do Oeste terá que investir R$ 6,8 bilhões nas obras da rodovia para duplicá-la ponta a ponta, sendo R$ 3,9 bilhões nos primeiros cinco anos, o que não aconteceu. A justificativa para o não cumprimento contratual foi o envolvimento da Odebrecht com o escândalo apurado pela operação Lava Jato. Não há forte pressão para a quebra da concessão e mesmo de braços cruzados a Rota do Oeste permanece pedagiando a rodovia, que tem fluxo diário de 14 mil veículos entre Cuiabá e Rondonópolis, com 70% representados pela frota cargueira e de ônibus.
CONCLUSÃO – A Superintendência do Dnit em Mato Grosso avalia que as travessias urbanas das quatro cidades serão concluídas até o final de 2020. A primeira será a de Juscimeira, cuja inauguração é anunciada para fevereiro.
Redação blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 – Ilustrativa da série
2 – Assessoria Dnit
3 – blogdoeduardogomes em arquivo