Duas nomeações polêmicas no governo

Nilton Borgato foi preso acusado de cometer crime ambiental e de utilizar maquinário da prefeitura de Glória D’Oeste, que administrava, para construir tanque de piscicultura e abrir estrada em sua propriedade. Nilton Borgato ganhou o cargo de secretário de Ciência e Tecnologia no governo de Mauro Mendes (DEM).

Nilton Borges Borgato se elegeu prefeito de Glória D’Oeste, na faixa de fronteira, em 2008. Denunciado por peculato, sua candidatura à reeleição em 2012 foi barrada pela Justiça Eleitoral, que o considerou ficha suja, mas Borgato concorreu sub judice sendo o mais votado. Pelo PP recebeu 1.237 votos numa chapa com o vice  Gean Carlos Alves (PSB). Em segundo lugar ficou Elisete Mesanini de Souza Barbosa (PSDB), com 835 votos, que dobrou com o vice Valdomiro Silva Barros, o Valdomiro da Soja (DEM) Nilton Borgato foi o mais votado, mas a Justiça Eleitoral proclamou Elisete vencedora. Porém entre a eleição e a posse o juiz Alexandre Martins Ferreira, de Araputanga, acatou a argumentação de Nilton Borgato e determinou sua diplomação.

O secretário Nilton Borgato

Reeleito em 2012, em 19 de janeiro de 2013 Borgato foi preso pela Polícia Ambiental. Numa diligência baseada em denúncia, policiais foram ao sítio Bom Sucesso, de Nilton Borgato, na região de Córrego Grande, em Glória. Na propriedade encontraram maquinário da prefeitura trabalhando na propriedade. O prefeito recebeu voz de prisão e foram apreendidos uma motoniveladora, dois caminhões basculantes, uma pá-carregadeira, um trator e uma camionete da prefeitura de Glória. O prefeito foi levado para a Delegacia da vizinha Porto Esperidião e depois encaminhado ao presídío em Mirassol D’Oeste.

O prefeito negou que o sítio fosse dele e alegou que realizava trabalho administrativo com cunho social. Saiu da cela e o caso foi devidamente abafado.

Três dias depois da prisão, Borgato foi afastado da prefeitura pela acusação de peculato, que inicialmente cassou sua eleição em outubro de 2012. Com a vacância do cargo o presidente da Câmara, Edimar Teixeira Ramos (PP) assumiu a prefeitura.

Em 7 de julho de 2013, em eleição suplementar, Borgato foi eleito prefeito com Gean Carlos Alves (PSB) de vice. A mesma Justiça Eleitoral que o afastou ao ser eleito em outubro de 2012, assegurou sua nova candidatura, sem que o caso de peculato fosse encerrado por sentença com trânsito em julgado.

Nilton Borgato cumpriu mandato até 31 de dezembro de 2016 e foi um dos integrantes do quinteto político mais famoso na faixa de fronteira, que se completava com Pedro Henry (Cáceres), Ezequiel Fonseca (Reserva do Cabaçal), Airton Português (Araputanga) e Antônio Azambuja (Pontes e Lacerda).

Remanescente do grupo político de José Riva, Nilton Borgato é filiado ao PSD e se lançou candidato a deputado federa em 2018l, mas em agosto desistiu. Oficialmente sua decisão foi para que assumisse na fronteira uma das coordenações das campanhas de Mauro e dos candidatos ao Senado Jayme Campos (DEM) e Carlos Fávaro (PSD). Nos bastidores comenta-se que sua retirada teria sido na tentativa de concentrar votos da região para o candidato a deputado federal Adriano Silva (DEM), que tinha as bênçãos de Jayme, mas que não se elegeu.

SILVANO – Deputado estadual em primeiro mandato em 2014, Silvano Amaral não se reelegeu. Contra ele pesa a acusação feita por  Silval. Sua indicação teria as digitais do presidente regional do MDB e deputado federal Carlos Bezerra, como parte do fatiamento do poder entre os partidos que se coligaram ao DEM de Mauro.

Silvano assumiu a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf).

 

Redação blogdoeduardogomes

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