Deputados decidem: Max terá a mesa, mas sem porteira fechada

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

Confronto com Max Russi (PSB) nenhum deputado quer. Além de liderar uma parcela dos parlamentares, ele é a cereja do bolo de Mauro Mendes (União) na Assembleia. No entanto, mesmo com prudência, a maioria dos deputados bateu o martelo para encolher seu poder na mesa diretora do próximo biênio, que ainda não foi eleita, mas que será presidida por um paranaense de 48 anos, nascido em Salto do Lontra, que se mudou para Jaciara, onde foi gerente de posto de gasolina, presidente da Câmara e duas vezes prefeito, antes de encontrar o caminho das pedras para ser deputado estadual pelo terceiro mandato consecutivo, e de abrir espaço para integrar o secretariado de Pedro Taques, em duas secretarias, e finalmente dividir espaço no alto clero da Assembleia ao lado de Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco (ambos do União) e Janaína Riva (MDB); esse político é um senhor de nome composto: Max Joel, mas podem chamá-lo de Max, que é a forma reduzida de tratá-lo e que tem tudo a ver com o momento em que acontece a redução de seu poder, após um jantar que reuniu a maioria dos integrantes da legislatura em curso e cujo cardápio não estava à mesa, mas era a própria, no caso a mesa diretora.

 

Na Assembleia todos os que não são inocentes sabem que Max será o

Botelho deixa a presidência e Max deverá sucedê-lo

 próximo presidente da mesa diretora substituindo Botelho. E os mesmos também sabem que a proposta de emenda constitucional que ele apresentou, aumentando de dois para quatro o número de vice-presidentes, e de quatro para seis, os cargos de

 secretários não tinha outra finalidade senão acomodar na mesa, deputados que rezam pela cartilha de Mauro Mendes. Com o inchaço da mesa fica proibida a reeleição de seus componentes para o mesmo cargo.

Os deputados perceberam a jogada de Max e enquanto ele vai ao moinho eles voltam com o fubá.

Dr. Eugênio: foi mesa de jantar e jantar da mesa

JANTAR – Na noite da quarta-feira, 26, a maioria bateu o martelo para enxugar o poder de Max. Num jantar oferecido pelo deputado Dr. Eugênio (PSB), que além de presenças teve a participação on-line, não para a janta em si, mas para os debates.

Os deputados fizeram um pacto ao estilo omertà para uma luta mosqueteira. Assim, decidiram que não farão oposição ao nome de Max, mas que eles, e somente eles, definirão os ocupantes para os demais cargos na rechonchuda mesa, sem indicação de Max e de Mauro Mendes.

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Mais: decidiram ainda que a partir de 2025 a estrutura dada ao presidente ser estendida aos 24 deputados. E mais ainda: que a milionária verba publicitária destinada a agências de publicidade respeitará o sistema colegiado do legislativo, com sua distribuição contemplando todos os parlamentares e não do modo em vigor, onde o presidente e até mesmo os outros do alto clero a destinam sem conhecimento do plenário.

Cavalo corredor, rédea curta, nos ensina a sabedoria popular. Deputados dizem que o relâmpago não consegue acompanhar Max, quando se trata de assunto de seu interesse. Assim, Max repetirá a rainha Elizabeth da Inglaterra, que reinava, mas não governava. Isso, sem prejuízo da pompa do cargo, mas administrativamente o baixo clero terá o mesmo peso de decisão hoje concedido a Sua Excelência o Presidente da Augusta Casa de Leis.

No jantar somente Cattani usava chapéu

PRESENÇAS – Jantar e decisão política sem a participação humana não acontecem. Uma fonte revelou que além do anfitrião Dr. Eugênio, participaram, dentre outros, os deputados Gilberto Cattani (PL); Thiago Silva, Janaína Riva, Dr. João e Juca do Guaraná (todos os MDB); Wilson Santos (PSD), Carlos Avalone (PSDB), Júlio Campos (União), Valmir Moretto e Diego Guimaraes (Republicanos) e Faissal (Cidadania).

O blog tentou contato com alguns dos citados, mas nenhum o atendeu nem respondeu ao questionamento por WhatsApp.