Feijão com arroz. Prático. Com objetividade e simplicidade o deputado Elizeu Nascimento (DC), que requereu e presidiu a audiência pública na Assembleia Legislativa, na manhã desta sexta-feira, 15, apontou solução para a alardeada falta de recurso que estaria levando o governador democrata Mauro Mendes a fechar 16 delegacias de polícia. Elizeu sugeriu o óbvio: que Mauro demita 300 burocratas comissionados e contrate igual número de policiais civis aposentados para revitalizar a Polícia Civil, até a realização de concurso público para tanto.
A fala de Elizeu foi aplaudida por representantes de municípios e policiais presentes à audiência.
Elizeu não quer reinventar a roda: simplesmente a quer funcionando. Em outras palavras, o deputado que é policial militar, pede ao governador que ponha em prática a reforma administrativa que ele tanto apregoa, mas não executa, pois nas edições do Diário Oficial se vê que o número de demitidos é sempre menor que o contratado.
O deputado pede a exoneração dos chamados morcegos (ele não os chamou assim) – que nada fazem – e sua substituição por policiais civis aposentados, com experiência e que poderiam ser reintegrados temporariamente por força de medida legal. Mais: que os mesmos ganhem menos do que o salário de seus equivalentes na ativa.
Claro que Mauro não fará isso. Seu governo é fatiado entre os caciques políticos que o elegeram, e ele ainda reserva espaço para o rescaldo do governo Pedro Taques que o antecedeu e do qual foi um dos fiadores – o secretário de Fazenda, Rogério Gallo é bom exemplo desse rescaldo, pois também serviu Taques na mesma função.
Entre a sugestão de Elizeu e a acomodação política de Mauro existe um fosso. Um grande fosso, para onde a força do poder empurra a Segurança Pública em 16 municípios, nos quais a população fica ao léu.
Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes
FOTO: Karen Malagoli – Assembleia Legislativa