Alegando que o presidente Jair Bolsonaro contraiu coronavírus, a ministra Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) cancelou a visita que faria amanhã, 10, a Barra do Garças, no Vale do Araguaia, para alinhavar a instalação de um hospital de campanha naquela cidade, exclusivo para atendimento a indígenas atingidos pela pandemia.
Damares não não enviará representante nem informou quando voltará a tratar do assunto. O hospital de campanha foi reivindicado numa videoconferência com autoridades mato-grossenses e um representante Xavante, na semana passada. Na conversa virutal o prefeito da Barra, Beto Farias (MDB), o senador republicano Wellington Fagundes e o deputado coordenador da bancada federal Neri Geller (Progressistas) defenderam a criação do hospital, com urgência.
Antes da revindicação do hospital durante a videoconferência, Damares esteve em Rondonópolis e recebeu pedido nesse sentido, feito por caciques de reservas indígenas no Vale do Araguaia; a ministra foi àquela cidade em 28 de maio, para presidir a entrega de cestas básicas a aldeados em várias regiões – parte das cestas doadas por empresários locais.
Aparentemente o plano para o hospital hiberna. Mas, independentemente dessa situação, Beto Farias quer que o mesmo seja instalado na cidade, ao passo que o secretário-executivo da da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso, Lúcio Xavante, discorda e defende sua instalação em alguma aldeia.
Pisando em ovos pra não se indipor com o governo de Bolsonaro, Beto Farias distribuiu nota sobre o drible de Damares ao sonho do hospital. O prefeito diz que ““Lamenta e ao mesmo tempo compreende o cancelamento temporário, e reafirma o seu compromisso de lutar pelos pleitos em prol da saúde indígena, entre eles, a instalação do hospital de campanha para o atendimento dos pacientes infectados pela Covid-19”,
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Agência Brasil