Cururu é uma cantoria cultural mato-grossense, que cada dia está mais distante da população, por razões motivadas por alguns fatores.
Supostamente de origem paulista e carregado de influência indígena, de escravos negros e da colônia portuguesa, o Cururu é cantado e dançado exclusivamente por homens.
De toada musical por vozes masculinas carregadas com sotaque cuiabano, o Cururu é ritmado por viola de cocho, ganzá e reco-reco. Não há lógica poética nem preocupação com o politicamente correto na cantoria. O puxador canta a simplicidade e a realidade do dia a dia.
Ao lado do Siriri, o Cururu forma a basa de cultural musical da região pantaneira, antes mato-grossense, e agora diluída em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Essa tradição é bem viva nas festas de santos da igreja católicas nas comunidades ribeirinhas ao Pantanal, em pequenas cidades do Vale do Rio Cuiabá, e isoladamente por grupos na capital e Várzea Grande. Em Cuiabá, a miscigenação cultural, o crescimento de ritmos a exemplo do lambadão e a globalização que começou com a televisão e se fortaleceu com as redes sociais deixam o Cururu na condição de atrativo cultural pra ser apresentado em alguns eventos
FOTO: Édson Rodrigues em arquivo